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Zero álcool na gravidez: isso é tão difícil de entender?

Do site JorNow

Um dos diagnósticos mais graves e o mais prevenível entre as doenças congênitas (que o bebê apresenta desde que nasce) é a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF).

por Márcia Wirth

05/02/2019

“Recentemente, fiquei assustado quando gestantes, algumas inclusive da área de saúde, têm comentado que seus obstetras ‘ainda bem’ não são tão rigorosos e ‘permitem, sem risco nenhum’, um pouquinho de bebida alcoólica, uma vez por semana’”, afirma o pediatra e homeopataMoises Chencinski (CRM-SP 36.349).

No ano passado, uma cena de novela (Segundo Sol) que foi a ar, em outubro, em que uma gestante ingeria uma grande quantidade de álcool, gerou notas de repúdio da SBP, da SPSP e da FEBRASGO.

Como assim?

Existe uma campanha chamada GRAVIDEZ SEM ÁLCOOL, apoiada por entidades como a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), a Federação  Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), a Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de São Paulo (SOGESP), o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP) entre outras. E essas informações são respaldadas em entidades internacionais como a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Academia Americana de Pediatria (AAP).

Em 2017, foi publicada a 2ª edição do livro Efeitos do Álcool na Gestante, no Feto e no Recém-Nascido, coordenada pela Dra. Conceição Aparecida de Mattos Segre,  que pode ser baixada na íntegra através da internet (através desse link) para atualizar os médicos de todo o Brasil, com as informações mais recentes sobre a SAF.

Na tentativa de sensibilizar a população a respeito da gravidade da situação, além das entidades médicas, muitos artistas e esportistas, empresas também apoiaram a campanha. Para reforçar as mensagens-chave, foram desenvolvidos folhetos, sitee vídeos, que abordam os principais pontos relacionados com a SAF. É possível assistir, clicando nos links abaixo:

 

É importante que todos saibam.

ÁLCOOL PODE PROVOCAR SAF.

NÃO EXISTE QUANTIDADE DE ÁLCOOL SEGURA NA GESTAÇÃO.


No Brasil, segundo as estatísticas, 1 em cada 1.000 crianças que nasce apresenta a SAF. Não há qualquer comprovação de uma quantidade segura de bebida alcoólica que proteja a criança de qualquer risco.

Estudos científicos comprovam risco de o bebê que nasce com SAF ter alterações na face, em órgãos do corpo, podem nascer com peso abaixo do normal e ter retardo mental. São comuns problemas de aprendizagem, memória, fala, audição, atenção e alterações de comportamento, que se mostram principalmente na idade escolar, e no relacionamento com outras pessoas.

Esses sintomas podem não aparecer em sua totalidade e podem não ser diagnosticados logo após o parto. É importante ressaltar que a ingestão de álcool durante a gravidez pela mãe não causa, obrigatoriamente, a SAF. Mas o maior problema é que não se sabe quando isso pode acontecer por não existirem dados de níveis seguros para esse consumo.

“Assim, o único recurso disponível e eficaz é prevenir, sem nenhum consumo de álcool pela mulher grávida e pela mulher que deseja engravidar. Com essas medidas, a SAF e seus efeitos são evitados em 100% dos casos. Dessa forma, é inadmissível que profissionais de saúde desconheçam ou não considerem a gravidade do quadro e ‘liberem’ gestantes para o consumo social ou moderado de qualquer tipo de bebida alcoólica em qualquer quantidade, por menor que ela seja”, defende o pediatra Moises Chencinski.

Sempre vale ressaltar:

 A SAF NÃO TEM CURA.

SUAS CONSEQUÊNCIAS VALEM PARA A VIDA TODA DO BEBÊ.

ELA É TOTALMENTE PREVENÍVEL (É SÓ NÃO INGERIR ÁLCOOL).

 E a recomendação mais clara e simples:

 ÁLCOOL ZERO DURANTE TODA A GESTAÇÃO!

 

Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545