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Está chegando o Dia dos Pais

Do blog Pediatra Orienta

Há muita controvérsia sobre toda a história e origem do Dia dos Pais, tanto aqui no Brasil, como na fonte de sua criação, nos Estados Unidos.

Relatores:
Moises Chencinski
Renata D. Waksman
Coordenadores do Blog da SPSP

13/08/2016



Há relatos de que a tradição foi rastreada nas ruínas de Babilônia, onde um jovem rapaz chamado Elmesu esculpiu uma mensagem de dia dos pais em um cartão feito de argila, cerca de 4.000 anos atrás. No cartão, ele desejava ao seu pai babilônico boa saúde e uma longa vida. Embora não haja registros do que aconteceu com o rapaz e seu pai, ficou a tradição de comemorar o dia dos pais em vários países em todo o mundo, mas em datas diferentes. Na Rússia, por exemplo, celebra-se em 23 de fevereiro, enquanto que em Portugal, Espanha, Itália, Andorra, Bolívia e Honduras, a comemoração ocorre em 19 de março, mesma data dedicada pela Igreja Católica a homenagear São José, esposo de Maria.

O Dia dos Pais, como o conhecemos hoje, teve origem em 1910, nos Estados Unidos, quando Sonora Louise Smart Dodd, filha do veterano da guerra civil, William Jackson Smart, ao ouvir um sermão dedicado às mães, teve a ideia da celebração. A primeira comemoração ocorreu em 19 de junho daquele ano, aniversário do pai de Sonora, que criou seus seis filhos sozinho. Já em 1924, o presidente Calvin Coolidge apoiou a ideia de um Dia dos Pais nacional e, finalmente, em 1966, o presidente Lyndon Johnson assinou uma proclamação presidencial determinando que o terceiro domingo de junho seria dedicado a comemorar esta data.

No Brasil, o Dia dos Pais é festejado no segundo domingo de agosto, mas nem sempre foi nessa data. A comemoração começou em 16 de agosto de 1953, dia de São Joaquim – pai de Maria, mãe de Jesus Cristo – e patriarca da família de Sylvio Bhering (diretor do jornal e da rádio O Globo), tendo sido modificada por questões comerciais.

Pai não ajuda. Pai compartilha 

Aquela imagem do pai, na sala de espera da maternidade, esperando a notícia do nascimento de seu filho/filha, com charutos para serem distribuídos como prova de felicidade, ficou em um passado distante. Hoje o pai tem mais direito e abertura para fazer parte da família e dos cuidados de seus filhos. O espaço que era antes reservado apenas à porção feminina da família (mães, avós, tias), atualmente está franqueado e liberado ao pai que queira estar no processo.

No Brasil, desde março de 2016 a licença-paternidade passou oficialmente de cinco para 20 dias, para pais que trabalhem em Empresas Cidadãs (as mesmas que dão seis meses de licença-maternidade para as mulheres, em troca de benefícios fiscais). E essa regra vale para pais adotivos também. Mas isso ainda é pouco, com certeza. Em países como a Suécia (três meses com remuneração), Japão (um ano para o casal, que pode dividir esse tempo como quiser), a Alemanha (12 a 14 meses, com remuneração de 67%) ou o Canadá (oito meses para o casal, que pode dividir como quiser com remuneração de 55%), a presença do pai junto aos filhos nessa época é mais valorizada e incentivada do que aqui.

Aos poucos, mas de forma perceptível, o pai está deixando de ser “o ajudante da mãe” e está se transformando em parte ativa nos cuidados da criança, de sua alimentação, higiene, transporte, educação, saúde física e mental.

Paternidade não se ensina nas escolas, nos cursos de Medicina. Ser pai aprende-se na prática, mostra-se nas atitudes, comprova-se nos cuidados. O homem não foi criado e educado para ser pai. Falta o tempo, falta a criação para isso, falta o conhecimento, falta a logística, falta a compreensão. Mas, às vezes, também falta um empurrãozinho, a vontade de participar, uma “permissão”, um estímulo, uma abertura, sem cobrança, uma educação específica, uma ajuda especial que traga à tona o sentimento que esse homem, que esse pai, com certeza, tem. Só que, às vezes, nem ele tem consciência disso.

Nesse dia 14 de agosto de 2016, o blog Pediatra Orienta da SPSP deseja a todos os pais e “paidiatras” que os novos tempos cheguem trazendo a consciência, a paz e a felicidade de uma família completa e participativa, na qual pai e mãe compartilhem os cuidados e o amor de seus filhos, com cidadania, ética, saúde, felicidade, tempo e respeito.

Fonte: Fernandes, Cláudio. “História do Dia dos Pais”; Brasil Escola.
Disponível em: http://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-dos-pais-1.htm

Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545