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O uso de antidepressivos prejudica a amamentação?

Do site Vila Mulher

Mães que lutam contra a depressão pós-parto podem se sentir hesitantes em continuar a tomar medicamentos antidepressivos durante a amamentação.

por Vila Mulher

18/01/2017

Um trabalho de pesquisadores australianos sugere que há mais benefícios no uso de antidepressivos por essas mulheres do que riscos na exposição dos bebês às drogas.

Segundo a pesquisa do Instituto de Pesquisa Robinson, da Universidade de Adelaide, na Austrália, em vez de se constituir num risco para os recém-nascidos, os antidepressivos podem tornar mais provável que as mães amamentem seus bebês durante o período de seis meses, período recomendado pelos pediatras.

"Esta é uma constatação muito importante, porque sabemos que a amamentação tem múltiplos benefícios para a criança e para a própria mãe. No entanto, existe muita controvérsia sobre se as mães devem tomar antidepressivos durante a amamentação. Os opositores argumentam que há pouca pesquisa sobre os efeitos que esses medicamentos podem ter sobre o bebê em longo prazo, enquanto os defensores dizem que é melhor para a mãe e para a criança o fato de a mãe manter seus medicamentos e não arriscar um ataque de depressão", afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski.

A pesquisa sugere que as mães com depressão não tratada apresentam mais dificuldade em amamentar com sucesso do que as mães que mantém o uso de antidepressivos. Os pesquisadores apontam que os benefícios para a saúde da amamentação superam os riscos potenciais da exposição aos antidepressivos.

Eles também encorajam os membros da família, amigos e profissionais de saúde a apoiarem a mãe que amamenta, se ela optar por continuar a tomar a sua medicação.

Por aqui, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda a consulta ao "Manual amamentação e uso de medicamentos e outras substâncias" (2ª edição da publicação - 2010) do Ministério da Saúde sobre amamentação e uso de drogas. Há um capítulo (página 21) dedicado aos antidepressivos com recomendações dos que devem ter a preferência em caso de absoluta necessidade de seu uso.

Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545