Então a homeopatia, como mexe com a pessoa e não com a doença, pode curar qualquer indivíduo? A homeopatia cura o câncer, AIDS, diabetes, hipotiroidismo?
Na minha opinião, não é bem assim. A homeopatia é uma excelente forma terapêutica, mas tem suas limitações. Ela mexe com a energia do indivíduo e exige que o paciente possa dispor desta energia para se curar.
Assim, se o paciente sofre de uma doença que o debilita demasiadamente, a homeopatia, se não for usada de forma cuidadosa, pode agravar o seu quadro.
Além disso, existem situações que não podem ser revertidas pela homeopatia isoladamente. Se o paciente sofreu uma perda importante de funções, é necessário que ele tenha todo o suporte possível para se manter vivo.
Pessoas vivendo com AIDS, câncer e outras doenças consumptivas que interferem na sua imunidade precisam, necessariamente, de outro tipo de tratamento. Há correntes mais radicais da homeopatia que julgam que isso não é necessário. Meu compromisso como médico não é com esta ou aquela forma de tratamento e sim com o paciente.
Como costumo dizer, a homeopatia é uma excelente forma terapêutica para pacientes vivos. Assim sendo, qualquer forma de tratamento reconhecido pela Medicina é válida para atingir esta finalidade.
Então, explicando melhor, saindo de cima do muro, na minha forma de ver, a homeopatia pode ser usada em pessoas vivendo com AIDS, câncer e outras doenças mas, não como método isolado de tratamento e sim como mais uma forma de auxiliar o paciente a passar por esta fase.
Quando um órgão como a tireóide é retirado, é fundamental que haja um nível de hormônio tireoideano circulante para que as funções vitais do organismo possam ser executadas a contento e o estado de saúde seja mantido. A homeopatia não tem nada que substitua este tratamento. Podemos, no entanto, através do tratamento homeopático, equilibrar o organismo a tal ponto que sejam necessárias doses pequenas de reposição do hormônio, menores do que as utilizadas habitualmente, para atingir este equilíbrio.