Sem proteção intestinal completa, o valioso alimento pode favorecer botulismo infantil nos bebês. Mas há outros produtos de risco.

Previne gripe, alivia tosse, solta o intestino. Estas são algumas das razões que levam mães e avós a usar mel em sucos, iogurtes, mamadeiras e vários outros alimentos. O costume é ótimo, mas só se o bebê tiver mais que um ano. O alerta está no relatório divulgado recentemente pela Agência Nacional da Vigilância Sanitária – Anvisa – e amplamente divulgado pela imprensa.

"A oferta de mel deve ser evitada se a criança tiver menos de um ano de idade por ser um dos possíveis agentes causadores do botulismo infantil, doença de origem, preferencialmente, alimentar", esclarece o Dr. Moisés Chencinski, médico pediatra homeopata. O médico informa que "a criança nesta faixa de idade não produziu, ainda, sua flora (microbiota) de proteção intestinal, o que favorece a doença, em caso de intoxicação".

Riscos em outros produtos

Não é apenas o mel que oferece perigo nessa idade, adverte o médico. "Neurotoxinas presentes em alimentos contaminados com a bactéria Clostridium botulinum (esporos) podem também ser encontradas em conservas de vegetais, principalmente caseiras (palmito, picles, pequi)".

A relação inclui ainda produtos cárneos cozidos, curados e defumados de forma artesanal como salsicha, presunto, carne frita conservada em gordura – enlatados e embutidos; pescados defumados, salgados e fermentados; queijos e pasta de queijos. Os alimentos industrializados normalmente não trazem o risco, lembra o médico que é também autor do livro Homeopatia, mais simples do que parece.

Em todas as outras idades, no entanto, mel continua sendo alimento funcional extremamente valioso, segundo médicos e nutricionistas.

Para mais informações:
www.cvs.saude.sp.gov.br, do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estados de São Paulo, no Boletim Epidemiológico Paulista (janeiro de 2.006) e no Manual das doenças transmitidas por alimentos . O site www2.pgr.mpf.gov.br/secretarias - secretaria de Serviços Integrados de Saúde, traz também informações interessantes.

Esse artigo foi publicado no site Vida Integral (15/09/2008).