Amamentar não é um dom materno, que nasce com a mulher. Nem toda mãe consegue amamentar seu filho sem alguma ajuda. Por conta da falta de apoio, muitas desistem no meio do caminho. É preciso ter a tranquilidade de que, se não for mesmo possível, o filho vai ficar bem, que amamentar ou não não faz de ninguém mais ou menos mãe.

Muitas mães têm dúvidas sobre a amamentação, o leite materno e sobre o momento certo para introduzir o leite de vaca em pó ou de caixinha para o bebê. O pediatra Moises Chencinski diz que a falta de informação sobre o assunto é um dos maiores obstáculos enfrentados.

E como a amamentação hoje em dia é muito incentivada, mas não bem orientada, as mamães ficam com uma culpa enorme por não conseguir.

"A orientação para a gestante deve ser dada logo na maternidade, tendo dados disponíveis para vencer as dificuldades iniciais do aleitamento, para manter a lactação e criar uma rotina com a criança, a fim de que ela não recuse o leite materno. É preciso que todo hospital que ofereça serviços de maternidade e de cuidados para os recém-nascidos tenha uma política de aleitamento, com uma equipe treinada e capaz de dar à gestante todas as informações necessárias sobre o ato de amamentar", afirma.A baixa produção de leite, a rachadura do bico do seio com sangramento e a mastite (a inflamação das glândulas da mama que pode ser causada pelo acúmulo de leite principalmente na primeira gestação) são alguns dos problemas comuns no início do processo de aleitamento.

Segundo o Dr. Moises Chencinski, muitos fatores podem ser determinantes na produção e oferta do leite materno. Estresse, alimentação inadequada, ingestão insuficiente de líquidos e sono inapropriado são algumas das condições gerais da vida da mamãe que podem interferir no processo.

A dica é evitar todos esses problemas. "O estresse, por exemplo, pode diminuir ou até acabar com a produção do leite, que é definida por hormônios do sistema nervoso central".