23/11/2009
O nascimento de um filho é, sem dúvidas, o momento mais sublime e transformador da vida de uma mulher. E, dentre as dezenas de mudanças ocorridas com a chegada do (a) pequerrucho (a), o momento de introdução dos alimentos - que não seja o leite materno - torna-se, muitas vezes, um desafio.
Alimentos apimentados ou com excessode temperos não devem ser oferecidos às crianças
Feito isso, é hora de iniciar o preparo das papinhas. E não se esqueça: além da higiene, a cor, o sabor e a textura são itens importantes para agradar ao bebê e chamar a sua atenção.
"A refeição deve ter um tipo de carne, ovo ou grão, um legume, uma hortaliça folhosa e uma fonte de carboidratos (veja gráfico a seguir), além do tempero, como a cebola, o alho, a salsinha, o sal e o óleo ou o azeite. Estes últimos, em pequena quantidade, deixando o sabor suave", revela a nutricionista.
Primeiramente, coloque a carne em uma panela com água fria e, assim que estiver cozida, adicione as folhas e os legumes picados. Depois de cozidos, amasse os legumes e desfie ou pique bem a carne e as folhas. "Esta consistência estimula a mastigação da criança. Portanto, nada de bater no liquidificador ou peneirar as papas", adverte o médico.
Apesar de parecerem indiferentes a este assunto - afinal, eles ainda são tão pequeninos e indefesos -, os bebês também gostam de comidas com sabores diversificados. Sendo assim, esta é uma excelente oportunidade para lhes estimular o paladar. "Uma boa variedade, além de ser mais saudável, favorece o conhecimento dos diversos sabores dos alimentos. Mas, é importante não misturar, ou mesmo bater todos em uma só papinha. O ideal é a criança conhecer cada sabor separadamente", destaca o pediatra. Para isso, em cada preparação, procure usar carnes, legumes e verduras de cores e consistências diferentes e, se possível, apresente-os separadamente no pratinho do bebê para que ele tenha a oportunidade de conhecer cada um deles. "Um dia a papa será de frango, mandioquinha, chuchu e espinafre, no outro será de carne, batata, cenoura e repolho, no outro será de feijão, arroz, ovo, couve e beterraba, e assim por diante", observa Moisés Chencinski.
E não se esqueça: alimentos apimentados ou com excesso de temperos não devem ser oferecidos às crianças. "Evite temperos industrializados como caldos de galinha, legumes ou carne, glutamato de sódio e pimentas", diz o pediatra, e revela ainda que, aquecer demais o óleo ou o azeite usado no preparo das papinhas pode alterar o valor nutricional da refeição.
Outro ponto que merece destaque diz respeito ao congelamento das papinhas. Janice Chencinski sugere que elas sejam congeladas em porções, na quantidade a ser utilizada em cada refeição. Para descongelá-la, basta tirá-la do freezer e colocá-la na geladeira, horas antes de utilizá-la. Depois, é só aquecê-la e servi-la ao bebê. "Uma vez descongelada, a comida não deve ser congelada novamente", destaca.
Moisés Chencinski alerta os pais que eles são os responsáveis por moldar os hábitos alimentares dos filhos. "Para isso, a criança precisa de exemplos, ou seja, os adultos devem comer o mesmo tipo de alimento que oferecem à criança", finaliza.
Dúvidas como os cuidados necessários na escolha dos ingredientes, as formas de preparo e a maneira correta de balancear legumes, verduras e carnes são comuns entre muitas mães que não sabem cozinhar direito ou que não têm esse hábito.
De acordo com o pediatra e homeopata Moisés Chencinski, é fundamental que o bebê possa ser alimentado com o leite materno, de forma exclusiva, até o sexto mês de vida. Neste caso, não é necessário oferecer-lhe água, chá, sucos, frutas ou qualquer tipo de alimento. "A partir do sexto mês, iniciamos com os sucos e com as frutas e, somente no sétimo mês de vida, as papinhas salgadas", explica. E completa: "Vale lembrar que o bebê é um lactente até um ano de idade e o aleitamento materno deve ser mantido até então".
Cuidado na escolha dos alimentos
Para a nutricionista Janice Chencinski é importante que as mães fiquem atentas para alguns cuidados necessários na hora de escolher os alimentos que serão utilizados nas papinhas, como conhecer a procedência dos mesmos, saber se eles estavam armazenados e estocados em condições saudáveis e higiênicas e como foram transportados e acomodados no estabelecimento em que foram adquiridos. "É indispensável utilizar sempre alimentos frescos e que estejam dentro do prazo de validade", ressalta.
Confira no quadro abaixo os grupos de alimentos que devem compor as papinhas do bebê:
Quadro
Dicas de receitas
Esse artigo foi publicado no site Clube da Calcinha (12/05/2009).
Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545