09/03/2010
Século XVIII, Alemanha. Um médico, desiludido com o tratamento que se aplicava aos pacientes em sua época, decide se afastar de sua prática. Samuel Hahnemann não conseguia aceitar que, para eliminar os males existentes dentro de cada indivíduo, seria necessário fazê-lo vomitar, evacuar, sangrar até que, perto da morte, ele, o paciente moribundo, tentasse, a maior parte das vezes em vão, se recuperar de sua doença.
Assim, ele resolveu traduzir textos de Matéria Médica para $obreviver e, como nada acontece por acaso, enquanto analisava os trabalhos do Dr. Cullen (médico escocês), começou a elaborar uma teoria que revolucionaria os meios científicos daquela época.
Hahnemann descobriu que não adiantava lutar contra a doença porque isso não resolvia o problema. Seria necessário fazer uma aliança com o paciente para que, juntos, pudessem proporcionar alguma chance de sobrevida e, se possível, suave, harmoniosa e mais definitiva.
E assim nasceu a homeopatia, a cura pelos semelhantes.
Na teoria mais aceita até hoje, nós somos seres equilibrados que adoecem e aí se desequilibram. Hahnemann, através de uma teoria vitalista, desafiando os conceitos de sua época, concluiu que todos temos em nós uma força interna, imaterial, invisível, que não se sente, que não é a nossa alma, mas que nos mantém vivos.
A esse fenômeno ele chamou Força Vital que tinha, apenas, a capacidade de nos manter sadios, mas não a de nos trazer de volta ao estado de saúde. Para isso, seria necessário um auxílio e isso Hahnemann conseguiu com os medicamentos homeopáticos.
Resumindo: nós nascemos e vivemos como seres equilibrados até que algum estímulo, intenso o suficiente, nos desequilibra e aí cada um de nós adoece de uma forma peculiar, individual, única.
A homeopatia busca conhecer os mecanismos de “adoecimento” de quem a procura e visa trazer o indivíduo de volta ao seu equilíbrio, mudando sua forma de reagir a esses estímulos. Esse indivíduo, uma vez equilibrado, tem o poder de se curar de seus sintomas e devolver à Força Vital a responsabilidade de sua manutenção, agora auxiliado por uma mudança em sua reatividade.
Em meus anos de consultório, percebi uma grande resistência de pacientes em se submeter a tratamentos psicológicos. Observei que existe um pré-conceito de que a Psicologia vai trabalhar contra ele, fazendo-o mudar contra a sua vontade, tentando retirar hábitos arraigados e expor fraquezas que ninguém quer encarar.
Depois de muita conversa, concluo com meus pacientes que a Psicologia vai trabalhar junto com eles, mostrando como eles se desequilibraram e o que esse transtorno causou em termos de seu comportamento, de seus processos mentais, seus sentimentos e pensamentos. E, ao final, paciente e psicólogo trabalharão juntos para reencontrar o equilíbrio perdido, mostrando que a cura está dentro de cada um de nós, às vezes auxiliado por algum tipo de tratamento medicamentoso.
Pensem comigo:
Nosso compromisso é com o paciente e não com essa ou aquela forma de tratamento. Tudo o que puder ser usado na busca desse reequilíbrio, desde que seja éticoe cientificamente comprovado pode e deve ser aproveitado.
Se a homeopatia caminha ao lado do paciente e a psicologia caminha ao lado do paciente e ambas (psicologia e homeopatia) buscam o reequilíbrio de seus pacientes. Tenha paciência. Só não enxerga quem não quer.
A homeopatia e a psicologia são ferramentas necessárias e úteis para que, juntas, possam fazer com que qualquer indivíduo que, por alguma razão se sinta "doente", reencontre seu caminho de paz, qualidade de vida, felicidade, auto-estima e amor.Homeopatia e psicologia: semelhantes pela cura.
Dr. Yechiel Moises Chencinski
Homeopata e Pediatra.
Autor do livro: Homeopatia mais simples do que parece.
Site: www.doutormoises.com.br
E-mail: pelo "Fale comigo" de meu site
Esse artigo saiu no site Carolina Guimarães Araújo - Psicóloga e Psicoterapeuta (12/03/2008)
Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545