20/03/2010
Cecília Dionizio
"Quando sinto um arrepio ou um estado de moleza geral, não penso duas vezes em retomar meu tratamento com a homeopatia", diz a professora Juliana Cristina de Almeida, que há mais de dez anos conheceu o tratamento por indicação de uma colega de trabalho. De lá para cá, a professora usa e também leva seus filhos para tratamento homeopático, diante de qualquer que seja o quadro. "Não dispenso a medicina alopática, mas procuro sempre associar as duas. Felizmente, temos uma excelente resistência imunológica e raramente sequer temos gripe", afirma. A gripe é sintoma comum com as mudanças climáticas freqüentes nos últimos tempos, e a homeopatia tem sido usada como preventivo de muitas doenças, inclusive as causadas por mudanças no clima.
Tanto é que este ano, a campanha feita para divulgar o Dia Mundial da Saúde foi baseada na necessidade de proteger a saúde dos efeitos adversos provocados por estas mudanças climáticas e de acordo com Moisés Chencinski, médico homeopata, pediatra e colaborador de um portal de saúde na rede mundial, a homeopatia é ponto forte para isso, pois age no equilíbrio da saúde do indivíduo como um todo, protegendo-o de fatores aos quais ele possa ser mais sensível.
Para o homeopata, além da homeopatia é importante que as pessoas tenham consciência e façam sua parte no sentido de adotar medidas básicas preventivas em relação ao ambiente e ao controle de vetores destas doenças, tais como reduzir a poluição provocada pelos meios de transporte, fazer uso eficiente do solo e controle da água. Tudo isso gera benefícios para a saúde.
Quem com ele concorda é o homeopata Renam Marino, de Rio Preto, que reconhece na homeopatia uma das formas mais inteligentes de tratar o homem. Ele explica que o ser humano é composto por uma tríade representada por corpo físico, espírito dotado de razão ou consciência individual e princípio vital. E é nisto que consiste o tratamento homeopático. Segundo Marino, a base do medicamento homeopático é a partir de uma farmacotécnica específica que consiste em diluições sucessivas e fortes impactos ritmados, chamados sucussões, que tornam possível conferir ao organismo a informação necessária à regulação sistêmica de acordo com a analogia ou semelhança dos sintomas, na intensidade e freqüência de onda suficientes para induzir o fenômeno de ressonância no organismo.
Imunidade neonatal
O médico reconhece inclusive que o interessante é aplicar o tratamento homeopático nas crianças desde o nascimento. Embora não existam provas científicas de sua capacidade preventiva em relação a determinadas doenças, o homeopata afirma haver uma prática de extensas observações mostrando que o uso da homeopatia desde o nascimento da criança de fato confere excelente nível de imunidade, bem como reduz a incidência de quadros alérgicos.
Fundo emocional
Em se tratando de doenças sistêmicas, como a diabetes, por exemplo, por ser uma enfermidade hereditária e constitucional, o fator genético sempre será determinante. "Nestes casos, a homeopatia poderá oferecer auxílio no sentido de complementar as ações necessárias à melhor adaptação possível, como por exemplo, garantir o retorno da harmonia emocional do paciente, que muitas vezes está implicado até mesmo como desencadeante da próprio diabetes", explica. Desta forma, é possível concluir que além do tratamento convencional, o uso da homeopatia poder acabar, por exemplo, reduzindo a necessidade de drogas alopáticas, como a quantidade diária de insulina. Porém, Marino lembra que jamais poderá substituir a medicação. "É imprescindível fazer a reposição da mesma, uma vez que as alterações lesionais do pâncreas provavelmente impediriam uma cura absoluta", explica.
Se há humor, tudo fica bem melhor na saúde
Nada melhor do que dar uma bela risada depois de ouvir uma piada, assistir a uma comédia ou presenciar uma situação engraçada na rua. Para além das maravilhas que operam no estado de espírito de qualquer um, o riso e o bom humor são capazes de trazer uma série de benefícios à saúde física. Estudos mostram que pessoas que riem favorecem suas funções cardiovasculares e gástricas e conseguem se recuperar de enfermidades mais rapidamente. "Quando a pessoa sorri, ela transmite ao corpo uma onda de bem-estar", explica o médico Eduardo Lambert, especializado em homeopatia e autor do livo "A Terapia do Riso - A Cura pela Alegria".
Segundo Lambert, uma gargalhada, uma risada ou um modesto sorriso emitem ao cérebro uma ordem para que ele ative a produção de substâncias como a endorfina, um neurotransmissor usado pelos neurônios na comunicação do sistema nervoso. "Mais precisamente é ativada a produção da beta-endorfina, substância química semelhante à morfina, que dá uma sensação imensa de bem-estar, relaxa os músculos, os vasos, melhora a oxigenação pulmonar e orgânica, protege o coração contra infartos e o cérebro contra derrames", explica o médico. É algo parecido com o que ocorre quando se pratica esporte. De acordo com o médico, a "risoterapia", como chama, pode reduzir o tempo de internação em até 20%. Um estudo desenvolvido na Escola de Medicina da Universidade de Maryland, em Baltimore, nos Estados Unidos, indica que rir parece mesmo ser o melhor remédio - pelo menos no que diz respeito às doenças cardíacas.
O pesquisador Michael Miller e sua equipe foram os primeiros a mostrar que o riso e o bom humor estão ligados ao funcionamento saudável dos vasos sangüíneos. A partir da exibição de trechos de filmes que provocavam risos ou estresse mental, os estudiosos perceberam que os participantes submetidos às comédias tendiam a apresentar relaxamento e dilatação do endotélio - tecido que reveste o interior dos vasos -, o que permitia um fluxo maior de sangue. Quando assistiam aos outros filmes, seus vasos se contraíam, diminuindo a passagem de sangue. Os resultados, segundo Miller, indicam que rir ajuda a manter o endotélio saudável e reduz o risco de doenças cardíacas.
Esse artigo foi publicado no site Diarioweb.com.br (17/04/2008)
Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545