Vilão ou herói?

- Pode ser colocado para aceitação da chupeta;

- Não tem intestino ressecado que resista ao seu uso;

- Use o xarope e a tosse vai pro beleléu;

- Para sapinho e estomatite, se usar "rosado", melhora mais rápido;

- Antibiótico natural contra infecções de garganta;

- Fungicida, cicatrizante, em tratamento de úlceras e problemas respiratórios, antianêmico, emoliente, digestivo, diurético, antiputrefante.

Parece que a indústria farmacêutica descobriu o remédio dos remédios, a cura para todos os males. Com certeza você já sabe que estamos falando, apenas, do mel.

A ANVISA divulgou nota, orientando a não utilização do mel em crianças abaixo de 1 ano de idade. Até 7% da produção de mel analisada (100 amostras) estava contaminada por esporos do Clostridium botulinum, responsável por uma doença grave: o botulismo (que nome esquisito!!!), doença não contagiosa, que quando ataca o lactente, afeta o sistema nervoso, com tremores, hipotonia (criança fica molinha), falta de apetite, disfagia (dificuldade para engolir) e a paralisia que pode evoluir causando insuficiência e parada respiratória.

Como até 1 ano de idade, o aparelho digestivo da criança ainda não está com sua flora intestinal totalmente formada, e não apresenta defesa contra essa invasão bacteriana e a disseminação dos esporos, deve-se evitar seu consumo. Assim, mesmo gostosinho, mesmo contando com diversas propriedades terapêuticas, mesmo não tendo casos recentes descritos no Brasil, o mel só deve ser utilizado após 1 ano de idade.

Mas, o mel não pode levar essa fama sozinho. Além dele, deve-se evitar ingestão de conservas de vegetais, principalmente caseiras (palmito, picles, pequi); produtos cárneos cozidos, curados e defumados (salsicha, presunto, carne frita conservada em gordura – "enlatados e embutidos"); pescados defumados, salgados e fermentados; queijos e pasta de queijos, também até 1 ano de idade.

Este artigo foi publicado no site Sentir bem (22/08/2008)