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Como fazer a transição do berço para cama?

Do site iTodas

Esse é um momento muito complicado para as mamães e filhos. Saiba como fazer essa troca sem traumas e dificuldades

por Victoria Bensaude

26/04/2010

 

Como saber quando o seu filho está pronto para a transição do berço para a cama? Esse momento é muito difícil para algumas mães. Se a troca for muito cedo pode deixar a criança com traumas e medo, se for muito tarde, ele se apega e não querer mais trocar.

Mas e se ele cair da cama? Ele pode se sentir sozinho? Todas essas dúvidas são comuns na cabeça de uma mãe. É muito normal ter essas preocupações com o seu pequenino. Mas chega uma hora que a transição precisa ser feita.

Será que tem uma hora exata para isso? Na verdade, não tem idade exata. "Não há uma regra para esse tipo de coisa. Por exemplo, uma criança pode começar a andar com 11 meses, 25 dias, 4 horas e 3 minutos. Outras com 9 meses. É normal desde que não haja nenhum outro fator que chame a atenção do pediatra e de pais atentos. Cada criança tem seu ritmo, sua característica", explica o pediatra e homeopata Moises Chencinski, de São Paulo.

É importante que a criança entenda o porquê da troca, caso contrário ela se sente insegura. "A saída do berço pode tanto ser algo natural como sofrido para cada criança. O estímulo, a orientação e a conversa aberta, explicando os motivos da troca ajudam nesse caminho", recomenda o médico.

Carinho e atenção

Papais e mamães precisam ficar atentos ao bebê. Certos momentos indicam a hora de fazer essa troca. "Quando o berço, ao invés de reter e proteger a criança, passa a ser um obstáculo a ser transposto, é melhor ficar atento. Essas podem ser ótimas dicas de quando iniciar esse processo, a princípio, baixando as grades do berço e orientando essa criança sobre as formas adequadas e os riscos ao subir e descer, para não se machucar", conta o homeopata.

É importante que seu filho se sinta parte da mudança, que ele possa opinar. Se ele se sentir excluído pode acabar ficando com raiva. "Tudo deve ser conversado e explicado, mesmo que seja uma decisão já tomada, sendo interessante que a criança possa até participar da escolha e da compra da sua cama nova e de seus complementos (lençóis, travesseiros), sendo cúmplice dessa transformação", indica.

Moises ainda recomenda que a primeira cama deve ser baixa, mais acessível, com cantos arredondados, inicialmente com uma meia grade, para proteção contra quedas, que pode ser retirada quando a criança estiver segura e adaptada. Para evitar que prenda sua cabeça nas grades, os espaços entre as colunas devem ser pequenos. Nunca coloque essa cama perto das janelas.

Mas não esqueça que, para a cabecinha do seu filho, isso ainda é muito novo e leva um tempo para se acostumar com os novos móveis. "Se vocês perceberem algum sinal de insegurança não eliminem o berço de vez. Se houver espaço, mantenham-no no mesmo quarto, ao lado da cama, para que a criança se habitue a passagem. O sumiço do berço é encarado como um castigo ou uma punição e isso não bem aceito pela criança interfere em sua quantidade e qualidade de sono, e em sua confiança nas atitudes de seus pais", conclui Moises.

Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545