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Pai presente

09/04/2010

"Atualmente os pais estão conquistando o espaço na família, assim como as mulheres conquistaram o seu espaço no mercado de trabalho. E isso tudo sem deixar de ter amigos, beber sua cerveja, jogar seu futebol. Ser pai sem deixar de ser masculino". Essa é a opinião do pediatra Moisés Chencinski.

Para ele ser presente na vida dos filhos é uma questão de atitude. "Os homens têm se mostrado cada dia mais presentes, tanto em casa como na escola e nas outras atividades de seus filhos", defende o profissional. E o melhor é que essa mudança de atitude não é apenas pelas crianças, eles buscam essa participação por descobrirem o quanto isso é importante para eles próprios.

O gerente comercial Oscar Gregório Ferreira Filho, 38 anos, concorda com o pediatra. "Aproveito todos os momentos que posso com os meus dois filhos. Minha mulher trabalha e estuda, por isso tento ajudar em tudo que posso. Eu os acompanho nas atividades, levo e busco em seus compromissos, fazemos compras no supermercado juntos. Acredito que aproveitar o tempo e a fase de vida deles é muito importante porque passa rápido demais", afirma.

Murilo Faria Ferreira, 8 anos, elogia a postura do pai. "É muito legal ter um pai como ele, que faz tudo com a gente. O que mais gosto é quando ele joga bola comigo. Mas eu sou melhor que ele", brinca. Igor Faria Ferreira, 15 anos, considera o pai seu melhor amigo. "Quando preciso da ajuda dele sempre está disposto a fazer qualquer coisa, mesmo cansado. Temos abertura para falar de todos os assuntos, até garotas, de forma natural, sem pressões. Ele é muito especial para mim. Eu o amo muito", conta o estudante.

De acordo com o pediatra muitos pais se acomodam por não ter muito tempo disponível para os filhos. "O ótimo é inimigo do bom. Pensando assim, eles pensam não poder dar o máximo, acham que não vale a pena dar pouco tempo de atenção e desistem. Isso não pode acontecer. Se não for possível ficar com os filhos todos os dias por 3 horas seguidas, que se passe ao menos 15 minutos de total dedicação. Não se pode desistir ou abrir mão disto. Há estudos que mostram o quanto as crianças ganham em auto confiança e respeito ao próximo quando vem de lares em que os pais passam segurança e carinho para elas. Por isso a qualidade é tão importante quanto a quantidade", encerra Moisés.


Este artigo foi publicado no site da Gazeta de Mato Grosso - seção Viva Bem (07/08/2008).

Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545