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Crianças não devem consumir o mel

10/05/2010

Colocar mel na chupeta para a aceitação da criança, usar seu xarope para combater a tosse e aplicá-lo para curar o chamado "sapinho" e/ou estomatite são as aplicações mais comuns do mel em crianças.

No entanto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em nota oficial, orienta a não utilização do produto em crianças abaixo de um ano de idade. Isso porque, até 7% da produção de mel por ela analisada (cerca de 100 amostras) estava contaminada por esporos do Clostridium botulinum, responsável por uma doença grave: o botulismo. Uma doença não contagiosa que, quando ataca o lactente, afeta o sistema nervoso, provocando tremores, hipotonia (criança fica molinha), falta de apetite, disfagia (dificuldade para engolir) e paralisia, que pode evoluir e causar insuficiência e parada respiratória.

De acordo com Yechiel Moises Chencinski, médico pediatra e homeopata, como até o primeiro ano de vida o aparelho digestivo da criança ainda não está com sua flora intestinal totalmente formada, e não apresenta defesa contra esta invasão bacteriana e a disseminação dos esporos, deve-se evitar o consumo de substâncias em que ele se aloje, como o mel.

"Desta forma, ainda que o mel seja saboroso, docinho, conte com diversas propriedades terapêuticas e mesmo que não haja casos recentes descritos no Brasil sobre transtornos ocasionados pela ingestão do Clostridium botulinum, o mel só deve ser utilizado após o primeiro ano de idade", reforça o médico.

Outras precauções - Segundo o pediatra, o mel não pode levar esta fama sozinho. Além do mel, no decorrer do primeiro ano de vida da criança é preciso evitar a ingestão de conservas de vegetais, principalmente caseiras (palmito, picles, pequi); de produtos cárneos cozidos, curados e defumados (salsicha, presunto, carne frita conservada em gordura, "enlatados e/ou embutidos"); de pescados defumados; de salgados e fermentados, de queijos e pasta de queijos. Mais informações podem ser obtidas no site: http://www.doutormoises.com.br


Essa matéria foi publicada no site do Jornal de Jundiaí (11/01/2009)

Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545