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Pediatra alerta para acidentes com crianças

26/05/2010

O Ministério da Saúde no Brasil informou que os acidentes são a causa mais comum de morte entre 1 a 14 anos de idade, numa média de 140.000 internações hospitalares e 6.000 mortes por ano. Relatório da Organização Mundial de Saúde divulgado em dezembro de 2.008 aponta dados importantes a respeito de acidentes com crianças pelo mundo, em números de 830.000 óbitos por ano (2.300 por dia).

"O mais triste é que grande parte desses acidentes (pelo menos 50%) é passível de prevenção e poderia ter sido evitada com alguns cuidados básicos de segurança", desabafa o pediatra Moises Chencinski.

Entre esses acidentes, destacam-se:

- Acidentes de trânsito: entre 10 e 19 anos de idade é a principal causa. Cuidados tomados em prevenção impediram que esse número fosse maior e em faixa etária mais baixa. Cadeirinhas de segurança nos carros, o uso de capacetes, limites de velocidade, regulamentação em relação ao álcool são algumas dessas atitudes.

- Afogamentos: 480 crianças vão a óbito por dia em quadro que é mais comum em países asiáticos. As cercas em volta de piscinas e a proteção em águas perigosas são algumas das atitudes preventivas que surtiram efeito.

- Queimaduras: 260 mortes ao dia. Isso sem contar os longos períodos de hospitalização em crianças que sofrem queimaduras por líquidos quentes ou chamas. Detectores de fumaça, reguladores de temperatura para água e acesso mais facilitado a centro de tratamento e recuperação de queimados tiveram sua parte no controle para que esse número não fosse maior.

- Quedas: 130 óbitos ao dia sem contar mais da metade das crianças que chegam aos pronto-socorros de hospitais. Proteção nas janelas, parques e brinquedos que atendam os critérios de segurança exigidos são alguns dos mecanismos que preveniram outras crianças de seguirem pelo mesmo caminho.

- Envenenamento: 125 crianças morrem por dia entre os milhares de contatos feitos a centros de controle de intoxicações e envenenamentos. Melhor armazenamento de substâncias de risco (inclusive medicamentos), tóxicas, embalagens com proteção contra abertura para crianças, acesso mais facilitado ao auxílio contra intoxicações já fazem parte dos mecanismos de defesa, mas podem, ainda, ser melhorados.

"Quanto mais carentes as populações, maiores os riscos a que essas crianças ficam expostas, quer seja em riscos de quedas, acidentes, incêndios pela falta de proteção adequada. Em alguns países desenvolvidos, esses números tiveram uma redução de até 50% através de medidas de segurança simples e de fácil execução nos últimos anos. Legislação mais dura e punições mais rigorosas, mudanças ambientais, campanhas de conscientização e melhora do acesso e da qualidade no atendimento ao acidentado contribuíram para essas mudanças. Mesmo assim, ainda há muito a ser feito", conta o pediatra Chencinski.


Este artigo foi publicado no site Wmulher (25/03/2009).

Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545