Publicações > Meus Artigos > Todos os Artigos

VOLTAR

A Peste (Nova Gripe)

06/06/2010

Você pode escutar essa matéria (mais fiel do que a matéria escrita), clicando aqui


Nos últimos dias não se fala em outra coisa. Um surto de gripe intitulada, a princípio, de "suína" e agora de "novo H1N1" - nome do vírus causador da doença - tem amedrontado a população do mundo inteiro. O vírus foi registrado primeiro no México, se espalhou e já atingiu 18 países até o início da tarde de sábado.

A doença já é considerada uma pré-pandemia (epidemia de alcance mundial). Na quarta-feira, a OMS (Organização Mundial de Saúde) subiu para 5 - numa escala de 1 a 6 - o grau de alerta. Por conta do risco de contágio, países, organizações e empresas cancelaram viagens, aulas e eventos internacionais. Quem pensa que o problema está longe de nos atingir, se engana.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) está reforçando a vistoria em todos os aeroportos brasileiros. No Brasil, há 14 casos suspeitos registrados e 41 pessoas estão sendo monitoradas pelas autoridades de Saúde. Dois estão em Franca (leia mais no local).

O número de infectados não para de crescer (leia mais no Cadero Mundo, na página B-6). De sexta-feira para sábado os casos praticamente duplicaram. A OMS divulgou até o início da tarde de sábado 638 casos constatados da nova gripe no mundo e 17 mortes. Só o México reportou 397 infectados e 16 mortos. A outra foi nos EUA.

A influenza (gripe) suína era assim denominada, até então, pois teria os porcos como principais hospedeiros, mas uma mutação genética deu força ao vírus que então atingiu também os humanos. Os sintomas desta doença são parecidos com os da gripe, só que em grau maior. Febre alta aguda (mais de 39 ºC), tosse, dor de cabeça forte e constante, dores pelo corpo (nos músculos e nas articulações), irritação nos olhos e congestão nasal são algumas características do vírus.

Mas ao contrário do que muitos pensam ela não é transmitida pelo consumo de carne de porco. O médico homeopata e pediatra Moisés Chencinski, que atua em São Paulo e estudou sobre o vírus, explica que o contágio se dá pelo simples aperto de mão. "Tossir, espirrar ou ter contato com objetos de uso pessoal também podem levar ao contágio. Já na carne, o vírus não resiste às temperaturas do cozimento", esclareceu.

Os óbitos podem acontecer se a pessoa infectada não dá atenção adequada aos primeiros sintomas e não toma medicamentos para controlá-la. Caso o paciente não receba tratamento adequado em 48 horas, a gripe pode virar uma pneumonia. Os pulmões ficam severamente comprometidos e a insuficiência respiratória impede o paciente até de caminhar. "Correm mais risco de morrer com a doença pessoas já com algum tipo de enfermidade ou por não terem uma alimentação balanceada", avaliou Chencinski.

A gripe suína fez o mundo lembrar a pior epidemia do século 20, a gripe espanhola, que matou 50 milhões de pessoas. No Brasil, para esclarecer as dúvidas sobre a doença, o Ministério da Saúde disponibilizou o disque-saúde pelo número 0800-611997.


Essa matéria foi publicada no site do Jornal Comércio da Franca (03/05/2009), no site da APJ - Associação Paulista de Jornais (04/05/2009)

Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545