29/06/2010
A gripe H1N1, causada pela mutação do vírus influenza provocou uma pandemia tão contagiosa que muitas pessoas passaram a procurar tratamentos e medicinas alternativas.
A homeopatia, descoberta pelo alemão Samuel Hahnemann (1755-1843), busca remédios preparados a partir de substâncias extraídas da natureza - vindas dos reinos mineral, vegetal ou animal -, mas infelizmente não previne contra a gripe A H1N1.
Apesar de a Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande distribuir doses de medicamentos homeopáticos nos postos de saúde e nas escolas municipais, o que existe até agora é um estudo sério dos sintomas de um grande número de pacientes, que está sendo elaborado pelos médicos da Associação Paulista de Homeopatia (APH). A entidade acredita que, em breve, terá informações importantes para orientar os médicos homeopatas sobre como tratar os pacientes com esta enfermidade.
Durante o Congresso da Associação Paulista de Homeopatia, que acontecerá entre 24 a 27 de setembro em Águas de Lindoia (SP), a APH apresentará os resultados da pesquisa.
Por enquanto, nenhum medicamento homeopático - ou alopático - protege contra a gripe H1N1. O conhecido Influenzinum, vendido em farmácias homeopáticas, não é mágico e tem como base o vírus influenza da gripe asiática - H2N2, que assombrou o mundo, matando mais de 4 milhões de pessoas em dois anos, entre 1957-58, e voltando a aparecer em 1968.
Outros preparados homeopáticos ditos preventivos, Oscilococcinum e Colibacilinum, são utilizados para aumentar a imunidade e não para combater a doença.
De qualquer forma, a homeopatia tem condições e é eficaz para tratar pacientes com gripe A (H1N1), assim como qualquer tipo de doença. Mas esse tratamento tem limitações, assim como a alopatia, a acupuntura e a medicina geral.
Vale lembrar que a homeopatia não trata doenças, trata indivíduos únicos, cada um com uma reação, com características particulares e peculiares.
É importante salientar também que, em caso de suspeita de gripe A H1N1, o mais indicado é procurar um médico.
Sempre lavar as mãos, usar lenços descartáveis quando espirrar ou tossir, não compartilhar copos, pratos e talheres, evitar aglomerações são as melhores formas de se prevenir. Qualquer sintoma de febre, dor de garganta, tosse e dificuldade respiratória, acione seu médico.
Fontes:
- Associação Paulista de Homeopatia
- Dr. Yechiel Moises Chencinski - Formado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, é especialista em pediatria pela Santa Casa de São Paulo e em homeopatia pelo Centro de Estudos, Pesquisa e Aperfeiçoamento em Homeopatia (CEPAH). É autor do livro Homeopatia Mais Simples do que Parece(Ed. Pólen, 2007)
Este artigo foi publicado no portal Terra - Especial Inverno 2009 (26/08/2009), no blog Lu Geiger Porto Alegre (26/08/2009).
Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545