17/06/2010
Escolher um pediatra que se afine com os anseios da família é essencial durante o pré-natal
A gravidez é um momento tão importante quanto delicado na vida de um casal. Ansiosos por conta da novidade da experiência, as famílias acabam passando por momentos de incertezas e inseguranças, na mesma medida em que os momentos de felicidade e alegria.
Em especial aos pais de primeira viagem, decisão de fundamental importância para o bom andamento da gravidez é a escolha do pediatra. Este deve ser um profissional de inteira confiança, para que tudo transcorra da maneira mais tranqüila possível.
E, para se evitar percalços desnecessários, as consultas com o pediatra devem começar ainda no pré-natal. "A gestação é um período muito rico e deve ser vivenciado dia-a-dia. Para isso, o acompanhamento pré-natal é fundamental. As consultas obstétricas periódicas e bem conduzidas podem garantir uma gravidez segura e o parto mais viável. Cuidados com a saúde física e mental da grávida ajudam e - praticamente - determinam um ótimo resultado", explica o homeopata e pediatra Moises Chencinski, autor dos livros "Homeopatia – mais simples do que parece" e "Gerar e Nascer – um canto de amor e aconchego".
"Escolher o profissional antes do nascimento do bebê é essencial para montar um histórico clínico no acompanhamento do recém-nascido e evitar problemas relacionados a uma não adaptação do vínculo do profissional-família, quando se conhece o pediatra apenas após o parto".
Segundo o profissional, depois da escolha do pediatra, o ideal é marcar uma consulta, por volta da 32ª semana de gestação, para conhecer esses profissionais e avaliar a empatia, a abordagem, o tipo de trabalho e condutas desses médicos. "É importante que vocês se sintam seguros com o pediatra que vão consultar após o parto, já antes do nascimento da criança e confortáveis com sua aparência e de seu local de trabalho. O conhecimento mútuo entre a família e o pediatra, iniciando uma relação de confiança e empatia, irá ajudar muito no trabalho conjunto pelo bem do bebê."
Além disso, Dr. Moises Chencinski explica, com o início das consultas antes do nascimento, o pediatra poderá conhecer mais à fundo o casal, e assim direcionar de maneira mais segura o atendimento. Conhecendo a dinâmica estrutural da família, bem como os dados sobre sua saúde, o pediatra pode projetar algumas orientações, tanto gerais como específicas para cada caso.
Aproveitando a presença da família toda nessa consulta, inclusive os avós, se ainda não foi iniciado pelo obstetra, esse é o momento apropriado para discussão sobre as vantagens (emocional e nutricional) do aleitamento materno, técnicas, dificuldades e dúvidas sobre amamentação.
"Todos devem se comprometer a ajudar como puderem nessa difícil, porém fundamental fase de vida da família, quer seja estando ao lado dessa mãe quer seja cumprindo determinadas funções da casa que seriam de sua responsabilidade. Tudo deve ser feito para estimular e manter o aleitamento materno exclusivo até o 6º mês de vida do bebê", sublinha.
A orientação em relação às necessidades nutricionais e de saúde também da gestante pode ser feita nessa consulta, esclarecendo dúvidas e tabus, para diminuir o estresse familiar. Uma sugestão pouco citada, mas importante, é para que a grávida não manipule carnes cruas e que não mantenha contato com certos animais, como gatos, pelo risco da toxoplasmose e toxoplasmose congênita (causando problemas graves no bebê).
"Nem todas as dúvidas podem ser esclarecidas em uma consulta. Assim, é importante informar aos pais a dinâmica de comunicação com o pediatra, encorajando-os ao contato sempre que houver dúvida em relação à alimentação, cuidados com a amamentação, higiene do bebê e medidas de segurança em casa e no transporte e não só em caso de doenças", conclui.
Esse artigo foi publicado no Vitrine Oeste (27/06/2009).
Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545