14/06/2010
A evolução >>> flerte, namoro (longo), noivado (mais longo) e casamento (até que a morte nos separe) foi substituída por ficar, rolo (ficar mais vezes), namoro, noivado (ou não), morar junto, casamento e a separação (cada vez mais comum e natural).
O namoro de hoje é mais aberto, inclusive na cabeça de alguns pais. Dormir juntos, viajar sozinhos que era direito apenas dos casados, hoje passa a ser um caminho natural de maior convivência que propicia um conhecimento mútuo muito mais profundo o que pode levar a casamentos mais estáveis ou a separações mais imediatas.
Cada vez mais cedo, os pré-adolescentes e adolescentes buscam sua "independência e autonomia", quer seja, saindo de casa para passeios com sua "galera" ou sua "tribo", quer seja buscando uma aceitação maior etre os seus "amigos", assumindo, mesmo que contra seus princípios, riscos à sua integridade moral, social e até física.
Assim como estamos descobrindo doenças de adultos em grupos cada vez mais jovens e até em crianças de 3 a 4 anos (obesidade, hipertensão, diabetes, problemas de oolesterol e triglicérides), observamos hábitos de "gente grande" aparecendo mais precocemente.
Cigarro, álcool, jogos, internet e até o sexo estão substituindo, de forma inconseqüente, muito rapidamente a preferência pelas bonecas, videogames, futebol, estudo já há algum tempo.
E, por ficarmos assustados e imobilizados, estamos acompanhando essa evolução em uma velocidade inimaginável. Até parece que, mesmo entendendo a "evolução da espécie", estamos nos esquecendo de nossas responsabilidades como pais. Será mesmo?
Nas baladas, que os jovens freqüentam cada vez mais cedo, inclusive em horários nouturnos, a diversão do dançar, até do namorar, está sendo substituído, entre outras coisas, pelo ficar.
Desde os dez ou onze anos de idade, beijar sem compromisso, sem ter obrigação de assumir um relacionamento com a pessoa que beijou, chegando a beijar várias pessoas numa mesma festa, num mesmo passeio, algumas vezes, sem mesmo saber o nome do beijado.
A diferença entre namorar e ficar está na possibilidade de experimentação sem compromisso. Pode ser bom, mas pode trazer conseqüências danosas (DST, HPV, gravidez indesejada, se pensarmos só na questão sexualidade).Não existe idade certa para começar a namorar. É uma escolha de cada um.
Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545