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5 coisas que você precisa saber (e que vão te acalmar!) sobre a gripe suína em criança

21/08/2010

A gripe suína tomou conta dos noticiários e rodas de conversa nos últimos dias, trazendo preocupação para os pais. Para ajudar você a entender que medidas tomar com a sua família, confira 5 coisas sobre o influenza A (H1N1), nova denominação adotada pela Organização Mundial de Saúde (em substituição da gripe suína) a partir desta quinta-feira, 30, que se refere ao vírus causador da doença:

1 - A vacina contra o vírus influenza sazonal oferece proteção contra o influenza A?
Ainda não há estudos que comprovem. Mas existem suspeitas de que a vacinação contra a gripe pode abrandar manifestações mais sérias do vírus influenza A no organismo. “Numa comunidade desprotegida, pode ser que o vírus se disperse mais rapidamente”, diz Jean Carlo Gorinchteyn, infectologista do Hospital São Camilo (SP). Principalmente porque estamos em época de maior circulação de vírus, a recomendação dos especialistas é que sejam vacinadas todas as crianças acima de 6 meses, desde que não sejam alérgicas a ovo e determinados antibióticos. Consulte seu pediatra

2 - O que eu faço se meu filho apresentar sintomas como febre, tosse, dor de garganta?
Tenha calma! Embora os sintomas da gripe suína sejam os mesmos de qualquer gripe, que podem deixar a criança com falta de apetite, coriza clara, dor muscular, não há no país, até o dia de hoje, casos confirmados de pessoas infectadas com o influenza A. Se a criança tiver esses sintomas, a recomendação é a que você já conhece: procure o pediatra para orientá-la sobre o que fazer.

Se a família passou por áreas afetadas pelo influenza A, a recomendação do Ministério da Saúde é procurar um serviço de saúde imediatamente.

3 - Eu devo comprar e estocar medicamentos antivirais específicos para esse vírus?
Não. Além do que essas drogas não estão sendo comercializadas, pois os estoques foram destinados ao Ministério da Saúde caso aconteçam surtos no país. O uso indiscriminado dos antivirais pode induzir a mais mutações do vírus e a efeitos colaterais com riscos desnecessários.

Não automedique seu filho nem você. Em nota à imprensa, o Ministério da Saúde alertou que o uso de remédios por conta própria pode mascarar ou atenuar sintomas e provocar resistência ao medicamento específico para influenza.

4 - Eu vou viajar e teria de passar por aeroportos. Que medidas devo tomar?
As autoridades sanitárias estão tomando todas as providências no que diz respeito à chegada nos aeroportos de pessoas que vêm de locais infectados com o vírus influenza A. O ideal, no entanto, é evitar aglomerações e agir de maneira natural, sem desespero.

5 - O que eu posso fazer nesse momento para proteger a minha família?
Novamente, nada de pânico. Acompanhar o que está acontecendo e se informar é a melhor saída para você se acalmar. Se tiver dúvidas, vale uma conversa com o pediatra do seu filho. Lembre-se também de que não há casos no Brasil.

Segundo o Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos, alguns cuidados higiênicos são fundamentais para prevenir contágio de qualquer doença infecto-contagiosa no dia a dia:
- Lave sempre as mãos com água e sabão, especialmente se você tossir ou espirrar;
- Evite tocar seus olhos, nariz ou boca. Os germes se propagam por essas vias;
- Fique em casa se estiver doente, assim você evita a transmissão do vírus para outra pessoa.


Fontes: Jacyr Pasternak, infectologista do Hospital Albert Einstein (SP); Jean Carlo Gorinchteyn, infectologista do Hospital São Camilo (SP); Moises Chencinski, pediatra e homeopata; Renato Kfouri, pediatra, neonatologista e diretor da Sociedade Brasileira de Imunização.


Essa matéria foi publicada no site da Revista Crescer(03/05/2009), no site Oficina da Ciranda (21/05/2009).

Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545