Publicações > Meus Artigos > Todos os Artigos

VOLTAR

AMAMENTAR - Amar, mamãe, mamar

Do site Meu bebezinho e do site iTodas

20/08/2010

Para promover uma boa amamentação, que seja proveitosa para o bebê e para a mamãe, devemos considerar vários aspectos que não dependem, apenas, de um dos envolvidos.

Todos devem assumir as responsabilidades: a mamãe, a família, o pediatra, a sociedade e, por incrível que pareça, até o bebê. Vamos começar, nesse mês, com algumas dicas interessantes para a mamãe.

MAMÃE
Antes de qualquer coisa, é importante que a mamãe saiba o quanto é importante e fundamental a amamentação. Mas, se apesar de saber disso e mesmo com as tentativas possíveis, por alguma razão, ela não conseguir amamentar seu bebê pelo prazo desejado, é importante que não se sinta culpada.

A amamentação deve ser um ato de carinho, não de cobrança.
A amamentação deve transmitir amor, não culpa.
A amamentação deve transmitir prazer, não dor.
A amamentação deve ser estimulada, não imposta.
A amamentação deve ser boa para a mamãe e para o bebê.

Caso algum dos dois esteja com problemas (pouco leite, fome, rachadura do bico do seio com sangramento, mastite, por exemplo), ou se corrigem esses quadros, para que tudo volte à normalidade, ou é necessário que o pediatra avalie outras formas de alimentar esse bebê, para que ambos possam passar por essa fase, sem sofrimento.

Algumas dicas para a mamãe tentar passar por essa fase com o máximo de prazer, amor e saúde. Algumas atitudes são gerais. Outras são mais específicas e relacionadas ao ato de amamentar.

Alguns fatores podem ser determinantes na produção e oferta do leite materno. Stress, alimentação inadequada, ingestão de líquidos insuficiente, sono inapropriado são algumas das condições gerais da vida da mamãe que podem interferir nesse processo. Evite-os, sempre que possível.

A família pode e deve ajudar a mamãe nesse momento, para que ela possa se dedicar de corpo e seios e alma à tarefa prazerosa, mas cansativa, de alimentar seu bebê através do aleitamento materno.

O estresse, por exemplo, pode diminuir ou até acabar com a produção do leite, que é definida por hormônios produzidos pelo sistema nervoso central. Como o bebê nesses primeiros meses ainda está em fase de adaptação, seus horários não estão regularizados, e não há, necessariamente, uma rotina. E mesmo que ela se estabeleça em pouco tempo, o bebê tem necessidade de mamar à noite. Para quem não está habituado a interromper seu sono, acordar 2 vezes à noite e ficar cerca de 30 a 60 minutos amamentando pode provocar uma descarga de energia com difícil reposição. Assim, é importante que a mamãe se recupere, dormindo e descansando enquanto o bebê também dormir e descansar.

E é fundamental, nessa fase, que o papai e a família a auxiliem nesse processo, ficando com a responsabilidade sobre os cuidados com o bebê que não exijam, necessariamente, a presença materna (trocar fraldas, colocar para dormir, dar banho, entre outras).

A alimentação adequada é mais do que importante nessa fase: é fundamental. E isso significa comer em horários regulares, sem pular nenhuma refeição, uma dieta saudável, equilibrada, que poderá e até deverá ser mantida, mesmo após suspender a amamentação.

Não se esqueça, também, de tomar muito líquido. Agora, além da necessidade hídrica basal, necessária para manutenção do funcionamento de seu corpo, é necessário acrescentar uma quantidade extra para a produção do leite materno. Além disso, todas as mães relatam que amamentar dá sede. Então amamente e tome líquidos.

Se você já fazia atividades físicas regulares e isso lhe dava prazer, volte a praticá-las assim que se sentir com forças suficientes. Recomece aos poucos. Mas caminhadas e passeios podem fazer parte do seu dia, desde o momento em que você estiver se sentindo recuperada dos processos de gravidez e parto.

Até o mês que vem, quando vamos comentar assuntos mais relacionados à própria amamentação.

Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545