13/08/2010
Tratamento promete manter o organismo em equilíbrio de forma segura
Por Margareth Varela
Apesar de ter conquistado o respeito da sociedade como prática médica confiável e de grande valor, a homeopatia ainda enfrenta certos preconceitos e mitos. Há quem não acredite que os tratamentos homeopáticos permitam uma reação rápida, suave, duradoura e eficaz do organismo, tanto na menor possibilidade de adoecimento, quanto na busca por uma recuperação mais rápida.
Segundo o médico pediatra e homeopata Yechiel Moises Chencinski, alguns mitos que persistem em assombrar o imaginário da população a respeito da homeopatia é que a prática é boa, mas demora para fazer efeito, e que o medicamento homeopático "piora para depois melhorar".
"O fato de dizermos que o tratamento pode ser longo não quer dizer que o paciente terá sintomas durante o tempo todo. A melhora pode ser bem rápida, com pouco tempo de tratamento. Porém, pode ser necessário manter este tratamento por um tempo prolongado, para retornar ao equilíbrio, de forma suave, harmoniosa e duradoura", indica.
Como se baseia em uma análise profunda de cada paciente, o especialista ressalta que a duração do tratamento das doenças crônicas é muito relativa. Por isso, antes de saber o que esperar de cada medicação, é preciso considerar que muitos fatores podem interferir, de uma forma particular, na maneira como cada paciente irá reagir aos estímulos, como idade, outras doenças associadas, doenças anteriores, tratamentos anteriores que já foram usados, entre outras coisas.
"O tratamento homeopático não exclui a necessidade de uma alimentação equilibrada, atividade física regular e hábitos de vida saudáveis, assim como a necessidade e a validade de todos os outros tipos de medicamentos e tratamentos sérios, prescritos por especialistas, como alopatia, fitoterapia, acupuntura e florais, por exemplo. Desde que orientadas por profissionais sérios, com critérios, todas estas formas de tratamento têm suas aplicações e suas limitações", orienta o homeopata.
Quando questionado se é necessário iniciar um acompanhamento na menor possibilidade de adoecimento ou se é possível contornar crises apenas com a homeopatia, Chencinski salienta que a especialidade cumpre a função da medicina em sua totalidade, pois previne, cura ou atenua as doenças da mesma forma que os tratamentos ainda tidos como "convencionais" pela maior parte da população brasileira.
"Esse tipo de tratamento pode ser usado em todas essas fases, prevenindo, tratando quando possível e atenuando – quando é o que resta a fazer – os quadros clínicos que perturbam a saúde do paciente. O médico homeopata é aquele que acrescenta ao seu conhecimento de medicina um conhecimento especial de terapêutica homeopática", explica.
Reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina, a homeopatia tem a peculiaridade de não se basear apenas na doença, mas também no indivíduo como um todo, com suas sensações e reatividade, por exemplo, para promover uma recuperação harmoniosa com qualidade de vida. O médico afirma que a prática pode ser utilizada junto com outros tipos de tratamento e acrescenta que, como qualquer especialista, o homeopata utiliza os recursos diagnósticos disponíveis para tratar seu paciente. "Quando dá a sua receita, o médico homeopata trabalha com a qualidade de vida de seu paciente".
Como não apresenta efeitos colaterais, como outros tipos de drogas, o medicamento homeopático pode ser usado em pacientes de qualquer idade. Entretanto, Chencinski alerta que ninguém deve se automedicar ou "autodesmedicar", nem com alopatia nem com homeopatia, fitoterapia ou qualquer outro tipo de tratamento medicamentoso.
"A prescrição de um medicamento homeopático deverá ser feita sempre após a avaliação do médico homeopata. Quanto antes iniciamos um acompanhamento com homeopatia, maiores são as condições de sucesso. Assim, a homeopatia pode ser prescrita desde o pré-natal, beneficiando o binômio futura mãe-futuro/ bebê, em recém-nascidos, crianças, adolescentes e também terceira idade, quando pode ter benefícios marcantes na qualidade de vida de quem a utiliza", garante o homeopata.
Esse artigo foi publicado no site Arca Universal (28/07/2010).
Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545