14/08/2010
Frio aumenta a possibilidade de propagação de gripes e resfriados
Por Gabriela Jaya
Os maiores "vilões" do inverno são as gripes e resfriados e as crianças estão entre as maiores vítimas. Apesar de ser um problema comum, é preciso reforçar os hábitos de higiene, ter atenção especial aos públicos mais vulneráveis a complicações da doença, procurar um médico aos primeiros sintomas e principalmente evitar a automedicação. Recentemente, o Ministério da Saúde fez um alerta à população para que todos se cuidem.
"Entre junho e setembro, é preciso estar atento. Esta é a época mais fria do ano e é comum o aumento de casos de doenças respiratórias transmissíveis como gripe e resfriado. Desde o início de junho, esses números vêm aumentando no País, como ocorre todos os anos. Os sintomas como febre, tosse e nariz entupido já são conhecidos", diz o informe.
Crianças
Para o pediatra e homeopata Yechiel Moises Chencinski, essas enfermidades costumam impedir a criança de exercer suas atividades normais, afetando o bom desempenho do organismo.
O pediatra ressalta que é preciso levar a influenza (gripe) a sério, pois a doença atinge as chamadas vias aéreas superiores (nariz, garganta, ouvido) e pode chegar, de forma grave e até fatal, aos pulmões. "Sempre é mais importante promover a saúde, antes até de prevenir doenças. E essa deve ser uma atitude constante", alerta.
Para aqueles que têm problemas crônicos ou para quadros agudos, Dr. Chencinski aconselha tratamentos homeopáticos a todas as idades, principalmente para os pequenos. "No caso das crianças, o tratamento homeopático é de grande utilidade, tanto para gripes e resfriados, quanto para qualquer outro tipo de patologia, pois não possui efeitos colaterais", afirma, reforçando que é importante procurar um especialista antes de fazer uso de qualquer medicamento.
De acordo com o Ministério da Saúde, os indivíduos que precisam de uma atenção maior, além das crianças de 6 meses a 5 anos, são os idosos, pessoas com diabetes, hipertensão, baixa imunidade e transplantados.
"A gripe se espalha através das pessoas contaminadas. Elas expelem pequenas gotas de saliva através da fala, da tosse e do espirro. Quem tiver contato com esta saliva, tem grandes chances de ficar gripado. Outra forma de contágio é quando alguém coloca a mão em algum objeto com estas gotas de saliva", informa o Ministério.
Resfriado X Gripe
Apesar de o senso comum considerar como a mesma doença, o resfriado e a gripe são enfermidades distintas. Na primeira, os sintomas são mais brandos e duram menos tempo. A febre é menos comum e, quando aparece, é baixa (até 37 graus). Já a gripe começa com febre alta, em geral acima de 38ºC, seguida de dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça e tosse seca. A febre é o sintoma mais importante e dura em torno de 3 dias.
"Os sintomas respiratórios, como a tosse, tornam-se mais evidentes com a progressão da doença e mantêm-se em geral por 3 a 4 dias após o desaparecimento da febre. É uma doença muito comum em todo o mundo, sendo possível uma pessoa adquirir influenza várias vezes ao longo de sua vida. É também frequentemente confundida com outras viroses respiratórias, por isso o seu diagnóstico só é feito mediante exame laboratorial específico", diz o Ministério da Saúde.
Prevenção começa na higiene
Atos bem simples ajudam muito na prevenção. Lavar as mãos regularmente com água e sabão ou álcool gel 70% é um grande exemplo. "A preocupação com o hábito de lavar as mãos já é rotina entre profissionais de saúde e se difundiu mais na população depois da epidemia de gripe H1N1 no ano passado. Mas este procedimento simples pode evitar também outras doenças", diz o alerta do Ministério da Saúde.
Outras formas de prevenção sugeridas pelo Ministério são:
– Evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies;
– Usar lenço de papel descartável;
– Proteger com lenços a boca e nariz ao tossir ou espirrar, para evitar disseminação de aerossóis;
– Orientar para que o doente evite sair de casa enquanto estiver em período de transmissão da doença (até 5 dias após o início dos sintomas);
– Evitar aglomerações e ambientes fechados (deve-se manter os ambientes ventilados);
– É importante que o ambiente doméstico seja arejado e receba a luz solar, pois estas medidas ajudam a eliminar os possíveis agentes das infecções respiratórias;
– Restringir o ambiente de trabalho para evitar disseminação;
– Hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, ingestão de líquidos e atividade física.
Essa matéria foi publicado no site Arca Universal (02/08/2010).
Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545