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Criança e pediatra uma relação que deve começar antes mesmo da gestação

03/09/2010

Dia 27 de julho é o dia do pediatra. Mais do que um anjo da guarda das crianças, este profissional deve ser um aliado dos pais no desenvolvimento dos filhos.

Não faz muito tempo o pediatra tinha prazo de validade e atuação limitada. No tempo dos nossos pais, ele tinha que se preocupar apenas com o aspecto físico e o orgânico da criança e quando ela fizesse 12 anos tinha que procurar outro especialista e encarar a adolescência já como adulto.
"Assim como percebemos que hoje as crianças se desenvolvem de forma diferente do que o faziam há 30 anos, a pediatria também teve que acompanhar essa evolução", afirma o Dr. Moises Chencinski.

A visão mais moderna da Pediatria no Brasil entende que a ação pediátrica não deve começar a partir do nascimento, mas sim de um período que antecede até mesmo a gestação, ainda no aconselhamento genético do ser que será gerado. E a atuação do pediatra deve se prolongar até o fim da adolescência, acompanhando de perto cada etapa do crescimento e levando o conhecimento adquirido sobre a criança para a próxima etapa.
"Não há como pensar em cuidar de uma criança da "barriga da mamãe" até o final da adolescência sem que nos preocupemos com tudo aquilo que envolve seu desenvolvimento", acrescenta o Dr. Moises.

O pediatra ao fazer esse acompanhamento terá a oportunidade de conhecer a formação genética da criança, ter uma visão ampliada do desenvolvimento dela e poderá identificar com mais precisão as causas dos problemas que a afligirem. O conhecimento do histórico médico ajudará na orientação dos diagnósticos e das formas de tratamento. E o conhecimento acumulado durante a infância será fundamental para auxiliar o paciente na transição para a fase adulta, com todas as transformações que ocorrem na adolescência.

Cuidados com a alimentação – o aleitamento materno deve ser exclusivo até o 6º mês de vida -, proteção contra doenças – com a imunização adequada, desenvolvimento físico e neuro-psico-motor – puericultura - têm tanta importância quanto o acompanhamento da vida familiar, educacional e social da criança.
"Sem que o pediatra conheça e contribua em todos esses campos da vida da criança, será pouco provável que haja um crescimento e desenvolvimento global sadio, que faça a criança evoluir para um adulto íntegro, em sua saúde bio-psico-física e social", explica o especialista.

O desafio imposto aos médicos agora é tornar viável esse novo modelo de atendimento pediátrico. Nós, pais, esperamos por essa ajuda e pela tranqüilidade de ter por perto alguém em quem realmente podemos confiar a saúde dos nossos filhos.
"A criança não é uma parte do desenvolvimento do adulto: ela é todo um ser humano completo. Mas um ser humano que para se desenvolver necessita dos cuidados inerentes à sua fase de vida", conclui o Dr. Moises Chencinski.

Sobre o dia do Pediatra O dia 27 de julho foi escolhido para ser a data comemorativa da especialidade porque é o dia em que foi criada a Sociedade Brasileira de Pediatria. E este ano essa data é ainda mais especial, pois a SBP está comemorando o primeiro centenário.


Esse artigo foi publicado no site Comunique-se (27/07/2010), no site Nota 10 (27/07/2010), no site Envolverde (27/07/2010), no site Guia Viver Bem (27/07/2010), no site Fofoki (27/07/2010), no site Revista Hospitais Brasil (02/08/2010), no site AHSEB Bahia (07/08/2010).

Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545