01/09/2010
A escolha de um brinquedo vai além do interesse e da fase do desenvolvimento infantil. É preciso conferir ainda suas condições de segurança. "A criança é uma exploradora. Ela procura entender de que é feito o brinquedo em suas mãos, como ele reage quando arremessado, mordido, apertado...", explica o pediatra Moisés Chencinski, autor do livro "Gerar e Nascer - um canto de amor e aconchego", da Pólen Editorial.
"É preciso certificar-se de que o produto tem o selo de qualidade de órgão reconhecido antes de comprá-lo", diz. O Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), em seu site, alerta que "a aquisição e o uso de brinquedos sem o selo do órgão expõem as crianças a sérios riscos de saúde e segurança".
Além dos selos de qualidade, observe se o brinquedo é adequado à faixa etária da criança. "Carrinhos com peças pequenas, mesmo garantidos com o selo de qualidade, podem ser prejudiciais a menores de 5 anos", diz Chencinski.
"Como nessa fase, a criança tende a levar tudo à boca, não é recomendado nenhum objeto com peças menores que uma bola de pingue-pingue", recomenda Maria Ângela Barbato Carneiro, professora da Faculdade de Educação da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e coordenadora da brinquedoteca da instituição.
A educadora explica que até os 3 anos é a fase que exige mais cuidado na hora da escolha do brinquedo. "Não recomendo, por exemplo, bexigas ou balões de látex. Apesar de despertar o interesse, devido à sua forma e cor, quando estoura se divide em diversos pedaços pequenos", conta.
Chencinski alerta ainda que é preciso checar se o brinquedo não tem pontas ou outro componente que machuque a criança. "Ela pode tentar colocar o objeto ou parte dele na orelha, no nariz", observa.
O pediatra ressalta também a importância da conservação. "Prefira brinquedos feitos de tecidos ou materiais que possam ser lavados, como o plástico e a borracha. Assim o produto pode ser usado por mais tempo e evitam-se preocupações com alergias e contaminação por bactérias", diz.
Essa matéria foi publicada no site da UOL-Educação (26/09/2008), no site Bol Notícias (26/09/2008), no site GP1 - Piaúi (27/09/2008) e no site da Rádio Colinas FM - Paraná (30/09/2008).
Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545