09/11/2010
“Ninguém gosta de frustrar um filho, mas, às vezes, é inevitável. Aprender a lidar com a frustração é inerente ao processo de desenvolvimento e da formação da personalidade do ser humano. Ensiná-lo a conter a impulsividade e a manter a calma diante das contrariedades é o que vai fazer dele um adulto capaz de entender o ponto de vista do outro”, analisa apsicóloga Maria Regina Domingues de Azevedo, professora do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina do ABC.
“As crianças precisam de frustrações”, sentencia o pediatra Yechiel Moises Chencinski. “Há um grande risco em fazê-las acreditar que elas podem ter todos os seus desejos satisfeitos agora, aqui, como prioridade total. Isso passa uma ideia enganosa de que se algo não aconteceu da forma que ela quis foi por falha ou culpa de alguém, e não simplesmente porque nem sempre as coisas saem como queremos.”
Crianças que não aprendem a tolerar contradições e frustrações não entendem que às vezes é necessário abrir mão de um prazer imediato. Dessa forma, não param de brincar para fazer xixi ou para comer ou para tomar banho ou para fazer lição ou para dormir. Dessa forma, há o risco de criarmos futuros adultos com dificuldades de adaptação, que não param em um emprego, que são instáveis em seus relacionamentos, que não dizem não a vícios (álcool, drogas, cigarro), ou seja, não estão preparados para enfrentar a vida real.
Essa matéria foi publicada no site da UOL - Estilo - Comportamento (09/11/2010)
Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545