05/12/2010
Essa matéria foi feita ao telefone e publicada com informações que não foram corretamente interpretadas e/ou escritas. A matéria segue na íntegra e as correções estarão em vermelho, no corpo da matéria.
Especialistas ensinam a repelir os bichinhos no calor e aproveitar a praia e o campo sem coceiras
Lívia Machado, iG São Paulo
Bastou a temperatura aumentar para que a presença deles seja sentida na pele. Borrachudos, pernilongos e outras espécies de insetos são tão tropicais quanto o Brasil. É difícil retornar de uma viagem à praia ou ao campo sem ao menos uma picada. Escapar desses animais, entretanto, requer muito mais do que sorte.
O pediatra e homeopata Yechiel Moises Chencinski esclarece que não existe uma explicação cientifica para a maior suscetibilidade aos insetos. Algumas pessoas têm reações exacerbadas às picadas, que podem evoluir para um processo alérgico e, em casos mais graves, uma infecção. Nesses casos, vale intensificar a prevenção no corpo e na casa.
“Temos características próprias que atraem mais ou menos. Por hora, sabemos que não é hormonal, tampouco genético, mas não existe uma comprovação cientifica sobre o tema. Cobrir as áreas mais atacadas – pernas e braços – e usar boné, para quem tem alergia, é uma boa alternativa. Os bichos são atraídos pelas regiões expostas do corpo. Repassar o repelente a cada duas horas, investir em telas protetoras e aplicar inseticidas nos principais ambientes da casa também minimizam o problema."
Não se deve aplicar inseticidas dentro da casa sem uma orientação médica adequada.
A escolha desses insetos não é norteada por cor da pele, pelo gênero ou pelo "sangue doce". O fator de prevenção (e de risco) está relacionado, principalmente, ao odor. Cheiros fortes, adocicados, hidratantes para a pele e até bronzeadores ou protetores solares atraem abelhas e pernilongos, aponta o especialista. Ambientes quentes e úmidos também são propícios. Nesses casos, o suor da pele é um dos principais atrativos.
“Quem tem alergia ao próprio suor, uma reação absolutamente comum, tende a ficar mais suscetível. Os insetos são atraídos pela umidade. Por isso que a água parada é o ambiente ideal para a proliferação da dengue. Além de escapar das picadas, é preciso tomar cuidado com a doença.”
A reação começa localizada, apenas na pele. A coceira é provocada pela saliva do inseto. Controlar o impulso e não estimular a área picada pode não aliviar o problema momentâneo, mas reduz o tempo de reação no corpo. Em quatro dias, apenas, ela deverá sumir, revela Chencinski.
reduz as complicações como infecções de pele que aumentam a duração e a gravidade do processo
“Ao coçar, abrimos uma ferida que pode provocar infecções. Algumas reações alérgicas mais fortes exigem o uso de antibióticos. O ideal, embora quase incontrolável, é não estimular, não contaminar a região atingida.”
Efeito placebo?
A literatura médica ainda desconhece substâncias ou medicamentos que afastariam os insetos. No conhecimento popular, a vitamina do complexo B seria um reforço extra ao trabalho realizado pelos inseticidas e cremes repelentes de insetos. O efeito, na visão de Leonardo Abrucio, dermatologista do Hospital Santa Catarina, em São Paulo, é mais psicológico e menos científico.
Para o especialista, os fitoterápicos e a própria homeopatia, embora não tenham comprovação de eficácia, podem exercer um efeito placebo interessante e benéfico. “O cérebro é um neurotransmissor do bem e pode nos beneficiar. Esses medicamentos provocam um estímulo psicológico positivo, mas não existe uma propriedade farmacológica que garanta a proteção.”
Chencinski defende que a homeopatia estimula a reatividade do organismo. Embora não exerça um poder de cura nesses casos, é um método eficaz de tratamento e prevenção. “Quem nasce alérgico, o será para sempre. É possível mexer na reatividade, mas a alergia não se cura, apenas se controla. Muitos medicamentos homeopáticos têm propriedades alergênicas e ajudam bastante.”
Medicamentos homeopáticos não têm ação alergênica (eles não provocam alergias). Os medicamentos homeopáticos agem pela semelhança, ou seja, quando foarm experimentados em indivíduos sãos e sadios, as substâncias utilizadas para a produção do medicamento homeopático provocaram sintomas semelhantes aos encontrados nas doenças, como na reação alérgica. Assim, os sintomas observados foram de inchaço, coceira, por exemplo. Assim, os remédios homeopáticos são capazer de curar o paciente daquele quadro por agirem nos sintomas e não por provocarem doenças.
Para blindar as casas, os especialistas recomendam produtos à base de citronela. No mercado, não faltam opções de produtos que supostamente eliminariam os insetos. O consumo, entretanto, deve ser feito com cautela e recomendação.
“A citronela pode ajudar bastante e não apresenta risco à saúde. É preciso cuidado. Muitos inseticidas atacavam os insetos, mas provocavam intoxicação no homem. É fundamental questionar os médicos e não comprar produtos sem procedência.”
Essa matéria foi publicada no site IG - Delas (02/12/2010), no Blog das Vigilâncias sanitárias (02/12/2010), no site da Comunidade Exkola (02/12/2010), no site Camaçari Notícias - Bahia (02/12/2010), no site do Hospital Santa Rosa (05/05/2011).
Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545