03/01/2011
Primeiro veraneio significa cuidado redobrado. Por terem pele delicada, os bebês precisam da atenção e da paciência dos pais se forem expostos à praia.
Segundo a dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) Maria Paula del Nero, os pequenos com menos de seis meses não devem usar protetor solar. Nesses casos, a dica é protegê-los com roupas, bonés e chapéus com bloqueador solar no tecido.
— A pele é sensível, e a criança pode ter alergia ao protetor —, alerta.
Mesmo protegida, a pele pode sofrer efeitos indesejados dos raios solares e do calor. Maria Paula explica que reações alérgicas, como brotoejas (dermatites), são comuns nesta época do ano. Para driblar o problema, ela aconselha que os pais optem por roupas de algodão.
— Se a pele ficar avermelhada pelo sol, pode-se aplicar cremes à base de aloe vera e camomila, que diminuem a vermelhidão —, ensina. Aplicar pasta d’água no local também ajuda a amenizar o desconforto.
Membro da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Moisés Chencinski reforça: sol, só antes das dez horas e depois das 16 horas. Independentemente de a criança ter entrado na água, o protetor deve ser reforçado a cada duas horas.
Ao voltar para casa, o pediatra recomenda que os pais deem banho no filho imediatamente, para limpar o suor e tirar resquícios do protetor solar da pele do bebê. Além da preocupação com o sol, os pais devem estar atentos aos acidentes domésticos comuns para a época do ano.
— As crianças não têm noção do perigo. Podem se perder ou se engasgar com algo que colocam na boca —, explica a pediatra Débora Pontes.
O segredo para evitar esses e outros acidentes é manter a vigilância sempre, mesmo em ambientes específicos para os pequenos. Devido ao grande fluxo de crianças e à menor quantidade de água, a médica lembra que casos de conjuntivite e diarreia são comuns em bebês e crianças, uma vez que o acúmulo de germes (resultado da concentração de urina na água) é grande.
Cuide também da alimentação dos bebês. Assim como os adultos, eles também precisam de hidratação.
— Os pais devem aumentar a oferta de água e sucos, desde que natural e sem açúcar —, indica a nutricionista Raquel Adjafre.
A dica para oferecer o refresco é esperar por cada troca de atividade na rotina da criança. Depois de brincar e antes do banho, por exemplo, deve-se oferecer água.
— A única restrição é durante as refeições, pois a água pode ocupar o lugar da comida no estômago do bebê e causar desnutrição —, completa.
Ela explica que, a partir dos seis meses, as crianças entram na fase da alimentação complementar, quando pequenos lanches como papinha, sopas ralas e frutas reforçam o leite materno. Por isso, é importante ter cuidado com o preparo dos alimentos.
— Nessa fase, os pais devem preparar alimentos leves, com carnes magras nas sopas e papinhas e dar frutas para o lanche —, recomenda.
Pode ou não pode |
Sol, água do mar, areia e piscina são ótimas pedidas para o verão, mas podem não ser uma boa ideia para bebês. Veja algumas dicas: |
- Para bebês, o ideal é investir em bloqueadores específicos, têm apenas o protetor físico na fórmula. |
- Roupas leves e ventiladas ajudam a evitar irritações na pele, como brotoejas. Se ainda assim as bolinhas insistirem em aparecer, um banho com água morna para fria regula a temperatura da criança e reduz o problema. |
- Lembre-se de que o efeito do sol é cumulativo, e deixar de protegê-los aumenta o risco de envelhecimento precoce e do câncer de pele. |
- Não esqueça que acidentes acontecem. Tenha sempre o telefone e e-mail do pediatra para entrar em contato no caso de emergências. Também é bom conhecer o serviço médico do local. |
- Até os seis meses, o ideal é que a alimentação dos bebês seja constituída exclusivamente de leite materno. Nessa fase, as mães devem prestar atenção aos sinais dos pimpolhos. Pele e boca seca, corpo mole, choro sem lágrimas e olhos fundos são sinais de que se deve aumentar a oferta de leite, para evitar que o bebê desidrate. |
FONTES: MARIA PAULA DEL NERO (DERMATOLOGISTA); MOISÉS CHENCINSKI E DÉBORA PONTES (PEDIATRAS) E RAQUEL ADJAFRE (NUTRICIONISTA). |
Essa matéria foi publicada no site do jornal A Notícia - Joinville (03/01/2011), no site do Jornal de Santa Catarina - Blumenau (03/01/2011), no site do Diário da Cidade - Santa Catarina (03/01/2011), no site Sentido Sul (03/01/2011).
Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545