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Por que perguntar tudo isso na consulta?

02/04/2011

Cada um sente, reage, pensa diferente do outro. Cada um de nós tem um sistema interno que nasce com a gente, que procura, antes de tudo, manter a vida e, sempre que possível, em equilíbrio, funcionando de forma suave e confortável.

É uma força interna, poderosa e que nem nós percebemos sua atuação.

Quando sofremos alguma agressão, seja por motivos internos ou externos, por bactérias, vírus, por atitudes nossas ou em resposta a alimentos, emoções, hábitos de vida, etc... nosso corpo se desequilibra e esta força busca nos equilibrar novamente (Força Vital).

Às vezes, até percebemos que isto está acontecendo e mais tarde voltamos a um estado de saúde. Mas muitas vezes não temos força suficiente para este reequilíbrio se realizar. Aí, além de sentir essas mudanças, elas podem nos dar alguns sinais e trazer alguns "probleminhas".

Para a homeopatia, isso são os sintomas. Esta é a forma de enxergarmos "aqui fora" o que está acontecendo “lá dentro” da gente, entender o como e o porquê de nosso corpo está sofrendo. Sendo assim, é muito importante tentar traduzir o que está acontecendo, pois assim entenderemos como cada pessoa funciona, tanto em conforto como no sofrimento. Esta é uma das razões de tantas perguntas.

Exemplos:

● Como é que você reage quando vê alguém caindo na rua?
● Como é que você reage quando, à noite, chuta o pé da cama?
● O que acontece com você quando você toma chuva?
● Como é seu resfriado?
● Você é alérgico? A quê? Quando começou sua alergia? Antes da alergia você nunca tinha tido contato com ______?

Então o homeopata analisa as reações das pessoas?

Exatamente. E, com as suas respostas, mostramos que cada pessoa reage diferente a estímulos às vezes iguais e que a Homeopatia não vai tratar o resfriado, ou a insônia e sim o SEU resfriado e a SUA insônia e que, para cada indivíduo, o desequilíbrio começa e pode evoluir de maneira diferente.

E para cada tipo de reação, de conjunto de perguntas, o Homeopata tenta associar um, e sempre que possível, apenas um remédio que vá restabelecer a saúde como um todo.

Um exemplo sempre é bom. Você sai com mais três pessoas e, inesperadamente, começa a chover (coisa rara aqui em São Paulo) e todos tomam um pouco de chuva. Um de vocês fica resfriado, com espirros, dor de garganta, sem febre. O outro fica com dor de ouvido, dificuldade para engolir e com febre. O outro pega uma pneumonia e fica internado. E você, por exemplo, não pega nada. A chuva é a mesma, a quantidade de chuva é a mesma, nenhum de vocês estava previamente doente. Mas, cada um adoece da forma que pode e não da forma que quer.

Isso acontece porque cada um de nós é único na sua forma de reagir a estímulos e é esta forma que o Homeopata busca conhecer em cada indivíduo que ele atende. Esta é a principal razão para tantas perguntas durante as consultas.

Então agora é sair para comprar o remédio e iniciar o tratamento. Mas... vamos falar sobre isso em abril.

Até lá.


Essa matéria foi publicada no site Plena mulher (29/03/2011).

Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545