18/08/2011
A homeopatia foi criada há quase 200 anos e ainda há desconfiança quanto à eficácia do tratamento. Tire suas dúvidas!
Madson Moraes
Muitas pessoas ainda desconfiam quando se fala de homeopatia. É aquele negócio de efeito placebo, não é? Essa é apenas uma das inúmeras dúvidas que resistem sobre o tratamento homeopático 200 anos depois de ter sido criada pelo médico alemão Christian Friedrich Samuel Hahnemann. Que tipo de doenças trata? Quais os materiais utilizados na fabricação dos medicamentos homeopáticos? Preciso me alimentar melhor durante o tratamento?
Segundo o médico e homeopata Moises Chencinski, atualmente a busca pelo tratamento homeopático está mudando. Apesar de ainda ser encarada por grande parte da população como um tratamento alternativo, já existe uma procura mais ativa e até encaminhamentos de médicos especialistas para tratamento em conjunto com áreas como a otorrinolaringologia (rinites, aumento de adenóides, infecções de repetição), dermatologia (verrugas, molusco contagioso, alergias e dermatites) e na área da ginecologia e obstetrícia (pré-natal, corrimentos, miomas).
"Muitos pacientes buscam a homeopatia para tentarem evitar cirurgias (muitos com sucesso) ou tratamentos com medicamentos com efeitos colaterais indesejáveis importantes (antibióticos, corticóides, antidepressivos, entre outros). Sempre é bom ressaltar que o médico homeopata é um médico e saberá, com ética e responsabilidade, associar ou substituir o tratamento pela homeopatia sem nenhum prejuízo ao paciente", explica o homeopata.
Leia a entrevista completa com o homeopata Moises Chencinski
Efeito placebo?
A ideia de o tratamento homeopático ter um "efeito placebo" ainda hoje persiste. Mas, segundo o doutor, quem conhece a homeopatia e já se beneficiou dela sabe que isso não é verdade.
"Segundo o dicionário, placebo é um medicamento inerte, ou seja, que não causa qualquer efeito e ministrado com fins sugestivos ou morais. Quem conhece a homeopatia sabe que isso não é verdade e uma das provas desse fato é o aumento substancial de pacientes procurando a homeopatia. Outra prova é o fato de pouquíssimos pacientes abandonarem o uso da homeopatia em busca da alopatia [medicamentos tradicionais] fato que, no caminho contrário, acontece cada vez mais", observa.
Outro mito que resiste é o de que os médicos homeopatas, por terem uma consulta mais demorada, escutarem mais os pacientes e suas queixas e por estabelecerem um vínculo maior acabam convencendo os pacientes doentes que não estão doentes e eles, assim, se curam. Para Moises, se isso realmente fosse verdade, como ele convenceria um bebê de poucos meses que ele não sente cólicas? E como se explicaria a crescente utilização de homeopatia na área veterinária?
"Como imaginar uma consulta em que o médico não ouça com atenção e pelo tempo necessário as queixas de seu paciente? Isso não deveria ser apenas uma característica homeopática e sim uma rotina natural de todos os médicos. Além disso, por meio da homeopatia tratamos bebês e, atualmente, a medicina veterinária homeopática tem ganhado grande impulso e reconhecimento. Como é que a gente convence um cachorrinho a não ter resfriado ou uma vaca a dar mais leite apenas pelo "bom papo"? Existem trabalhos científicos comprovando a ação da homeopatia nessas áreas", afirma.
Essa matéria foi publicada no site Tempo de Mulher - Ana Paula Padrão (17/08/2011)
Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545