05/08/2011
Pais devem estar preparados para tratar o assunto de forma objetiva e natural
Ana Carolina Contri
Falar sobre sexo com os filhos é um grande "tabu" para muitos pais. Frente à algumas dúvidas que possam surgir nos pequenos, mães e pais tentam se desvencilhar acreditando que assim possam evitar que esse assunto chegue muito cedo ao dia-a-dia das crianças. Mas, será que essa é a forma certa de agir?
Para profissionais da área da saúde a conversa deve existir a partir do momento que houver interesse da criança pelo assunto. Nos últimos 20 anos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) modificou a faixa etária considerada como adolescente dos 13 para os 11 anos, lembrando que a puberdade é considerada normal a partir dos 9 anos nas meninas e aos 10 anos nos meninos.
Diante dessa situação, muitas vezes embaraçosa para os pais, acabam se estabelecendo critérios que os impedem de aceitar que seus filhos estão preparados para receber informações sobre sexo.
Quanto melhor e maior a informação que os filhos obtiverem dos pais, melhor poderão lidar com a sua sexualidade. A família não imagina a dificuldade que os filhos têm em lidar com a própria sexualidade, tudo é muito novo e amedrontador. É muito mais tranqüilo quando as primeiras informações e descobertas são tratadas em casa, para que os adolescentes saibam o que fazer quando iniciarem a vida sexual.
A informação é uma arma poderosa e indispensável na prevenção de uma gravidez indesejada e doenças sexualmente transmissíveis (DST). Moises Chencinski, pediatra e autor do livro "Gerar e Nascer – um canto de amor e aconchego", fala que além de informar, é necessário estar presente e atento às mudanças comportamentais dos filhos, esse pode ser um indicador de possíveis dificuldades que eles estejam vivenciando.
As escolas também têm um importante papel nesse processo de educação sexual. Orientadores e professores devem se informar sobre o assunto e encontrar a melhor maneira de abordá-lo, apresentando uma proposta para os pais antes de iniciar o trabalho com as crianças, para que juntos possam colaborar e participar do crescimento saudável, feliz e sem preconceito dos pequenos.
Confira dicas elaboradas pelo Pediatra Moises Chencinski para facilitar a conversa de pais e filhos:
- Nunca evite o assunto
- Esteja sempre preparado para a conversa
- Sempre pergunte antes o que exatamente a criança quer saber
- Dar informações que as crianças possam compreender
- Responda apenas o que eles quiserem saber
Essa matéria foi publicada no portal É seu (04/08/2011)
Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545