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Guia da amamentação anti-stress

10/09/2011

Entre as situações desagradáveis referentes à revista Cláudia Bebê que já citei, essa foi a pior delas. Recebi 16 perguntas para resposta urgente e, após 5 horas de trabalho, enviei o material. A jornalista ficou satisfeita, mas pediu para que eu, no dia seguinte, mais 6 perguntas. Mais 1 hora de trabalho. Ao final, a matéria saiu na Cláudia Bebê de setembro, com algumas citações minhas, mas sem os créditos, como se eu não tivesse participado da matéria. Se pelo menos houvesse nessa revista a mesma ética que é exigida dos médicos e o mesmo respeito aos leitores que eu dedico tanto aos meus pacientes quanto a esses jornalistas, certamente isso não aconteceria.

Desabafo feito, vou aproveitar as respostas e o material, na ordem em que as perguntas foram feitas, para esclarecer um pouco mais a respeito desse tema tão importante quanto o aleitamento materno.



Desde 1992, comemora-se mundialmente, na primeira semana de agosto, a Semana Mundial de Aleitamento Materno. Nesse ano, o tema foi: Hospitais Amigos da Criança.

Essa atividade iniciou-se no Brasil em 1993 quando o foco foi Amamentação: Direito da Mulher no Trabalho.

Em 2.011, comemora-se a 20ª semana mundial com o tema Comunique-se! AMAMENTAÇÃO: uma experiência 3D. A idéia desse ano é a utilização dos meios de Comunicação com redes sociais para divulgação da importância do aleitamento materno.

E-mails, twitter, blogs, sites, facebook são nossos atuais meios de comunicação em expansão e, através deles, podemos atingir uma população mais jovem, que vive on line e passar a eles a importância do Aleitamento Materno Exclusivo até o 6º mês extendido até 2 anos de vida, desde a 1ª hora de vida, já em sala de parto.

Essa ação seria associada aos meios já utilizados anteriormente como os meios de sáude (profisisonais de saúde, hospitais, unidades de saúde), mas englobando as comunidades e seus comunicadores locais (professores, publicitáros, jornalistas) no movimento de conscientização.

Vamos aproveitar essa chance de investir em um futuro saudável para nossas crianças e para nosso mundo.

Quanto tempo após a confirmação da gravidez começa a produção de leite? Quando o leite já está realmente disponível?
Desde o incício da gestação, o corpo da futura mamãe já se prepara para a amamentação, que pode ser percebida pelo aumento do volume de suas mamas. Isso ocorre através do aparecomentos de mais dutos e alvéolos mamários.

As veias da mama dilatam já a partira da 5ª semana de gravidez levando a um aumento do fluxo de sangue na região já no final do 1º trimestre de gestação.

A aréola e o mamilo (bico do seio) também ficam mais escuros já a partir da 6ª semana de gravidez.

Por volta do 5º mês de gestação (20 semanas) já inicia-se a produção do colostro.

Em alguns casos, o colostro já é eliminado desde essa fase, mas a presença da placenta inibe a sua maior saída.Ao nascer, quando a placenta é eliminada, os níveis de progesterona caem com aumento dos hormônios responsáveis pela produção e eliminação do leite (a prolactina).

Assim que o bebê nasce, a sua sucção estimula a produção e eliminação do colostro, o leite necessário e suficiente para o recém nascido, que deve iniciar essa atividade já na 1ª hora de vida.
É verdade que se a mãe se alimentar com alimentos ricos em cafeína, conservantes, condimentos o bebê pode ter mais cólicas?
Há trabalhos mostrando que o mais importante é manter uma alimentação materna saudável, equilibrada durante o peródo de amamentação.

Não há comprovação científica de que o uso de qualquer substância pela mãe que amamenta aumente as cólicas de bebês.Mas vale observar se existe um aumento das cólicas do bebê em alguma situação especial e também tentar controlá-la.
Existe leite manterno "fraco"? O que podem fazer as mães que têm pouco leite?
Não existe leite forte ou leite fraco. Existe muito leite ou pouco leite.

No caso de pouco leite. É importante identificar possíveis causas para esse fato e tentar corrigi-las.É importante que a mãe se alimente bem, hidrate-se bem tomando bastante líquidos, duram quando puder para descansar e ter as condições adequadas para manter uma boa produção de leite.

O uso de alguns hormônios (estrógeno, testosterona) podem prejudicar a produção do leite, bem como alguns medicamentos utilizados em Parkinson (que inibem a prolactina), alguns diuréticos, a nicotina e o álcool e devem ser evitados.

Existem alguns medicamentos que podem ajudar a aumentar a produção do leite, mas esses devem ser utilizados apenas sob orientação médica.
Quanto mais o bebê mama, mais leite a mãe produz?
Os hormônios responsáveis pela produção do leite (prolactina e ocitocina) aparecem no decorrer da gestação e têm sua produção aumentada gradativamente. Assim que a placenta é eliminada (no parto), os níveis de prolactina caem abruptamente (após poucas horas) e dependem diretamente da sucção para que seu estímulo seja reassumido.

Assim, quanto mais o bebê suga, mais a mama produz prolactina, mais estímulo para a produção de leite. Assim como com a prolactina, a ocitocina também é produzida ajudando na descida do leite (contraindo os canalículos lactíferos) e na contração uterina favorecendo a recuperação do corpo da mamãe.
Quanto tempo após o parto deve ser feita a primeira amamentação?
A amamentação deve ser iniciada já na sala de parto, na primeira hora de vida, assim que a mamãe se apresente em condições favoráveis e o bebê estabilizar seus sinais vitais e os primeiros cuidados houverem sido tomados.

Esse foi o tema da 16ª Semana Mundial de Aleitamento Materno em 2007 (Breastfeeding: The 1st Hour Save One Million Babies! – Aleitamento materno: a primeira hora salva um milhão de bebês. Aqui no Brasil, o tema foi: Amamentação na Primeira Hora, Proteção sem demora.)

Esse estímulo (sucção) desde cedo é importante para ajudar a produção da prolactina (hormônio responsável pela produção do leite) e da ocitocina (hormônio que contrai os canalículos lactíferos e também ajuda na contração uterina, acelerando a recuperação após o parto).
O que é o colostro e porque ele é tão importante ao bebê?
O colostro é o primeiro leite que a mama começa a produzir a partir da 20ª semana de gestação, a partir da indução pela progesterona (o hormônio que é responsável pela gravidez).

É um líquido mais claro (transparente ou até amarelado) produzido em menor quantidade, mais doce, mais rico em anticorpos que é suficiente para alimentar o bebê nos primeiros 3 a 7 dias.

Ele aparece em menor quantidade na gravidez inibido pela presença da placenta.

A prolactina e a ocitocina, hormônios responsáveis pela lactação, são produzidos também durante a gestação e são estimulados pela sucção do bebê

Logo ao nascimento há uma queda abrupta da produção da prolactina e o bebê deve sugar para que essa produção aumente novamente.

Essa é uma das razões importantes para a orientação de amamentação já na sala de parto, na 1ª hora de vida.

Novamente lembrando, esse foi o tema da 16ª Semana Mundial de Aleitamento Materno em 2007 (Breastfeeding: The 1st Hour Save One Million Babies! – Aleitamento materno: a primeira hora salva um milhão de bebês. Aqui no Brasil, o tema foi: Amamentação na Primeira Hora, Proteção sem demora.)
Como deve ser o ambiente da mamamentação?
Após sair da maternidade, onde a mãe conta com o suporte da equipe de saúde, é importante que a mãe fique tranqüila para poder cuidar de seu bebê. Todas as condições devem ser propiciadas pela família para que isso ocorra.

Assim, especialmente na hora da mamada, é necessário que ela tenha apenas essa meta. Para isso, tanto a mamãe quanto o bebê precisam curtir a intimidade desse momento, sem terem nada que possa interferir nessa interação.

A mãe precisa estar confortável, de preferência sentada e bem acomodada, em um ambiente acolhedor. A hora da mamada deve ser calma, pouca gente presente (se possível, apenas mamãe e bebê ou no máximo com mais alguém que possa prestar algum auxílio necessário – vovó, papai).

Tudo deve ser feito para que esse momento seja prazeroso e proveitoso para todos os envolvidos. Se a música compondo o ambiente for importante, que haja música. Se a luminosidade baixa ajudar a criar uma atmosfera acolhedora, que dimnuam as luzes.
Existe uma posição mais indicada para dar de mamar?
Várias são as posições conhecidas para amamentação, inclusive com dsenhos ilustrativos em diversos manuais. A melhor posição é aquela em que mamãe e bebê ficam confortáveis.

Uma das boas dicas é que o bebê fique posicionado com seu rosto de frente para a mama, com a cabecinha pouco inclinada para trás e o nariz desbstruído, na altura do mamilo.

Apenas logo após o parto, para que a mãe descanse e não sofra com as dores no corte, ela pode amamentar deitada.Mas, o ideal é que ela o faça sentada ou reclinada, como bebê em seu colo.

Existe a posição invertida, quando a mãe fica sentada e segura o bebê passando-o embaixo do seu braço, do mesmo lado do seio em que ele está mamando, apoiado na parte externa do seu corpo. Essa posição é útil em bebês pequenos ou até quando a mamãe tem que amamentar gêmeos ao mesmo tempo (um em cada mama).

Outra posição é conhecida como bebê a cavaleiro onde ele fica "sentadinho", "de cavalinho" com as perninha abertas, sobre a coxa da mamãe de frente para o seio. Crianças com lábio leporino e fendas palatinas podem ser beneficiadas com essa posição de amamentação.
Como a criança deve pegar o bico do seio? Existe alguma dica para garantir que ela o faça dessa forma?
A pega adequada é aquela em que o bebê consegue mamar adequadamente, sem incômodos ou dificuldades e sem causar dor ou provocar problemas nas mamas da mãe.

Para a pega correta, o bebê deve estar bem apoiado no braço da mãe, com o pescoço na dobra do braço e a barriga encostada no corpo da mãe. A mamãe estimula-o a procurar a mama através do reflexo de busca encostando o mamilo perto da boca do bebê. Pelo reflexo o recém-nascido se vira na direção do seio, abre bem a boca e abocanha a aréola (não o bico).

Os lábios do bebê devem everter (virar para fora), evitando a deglutição de ar, respirando pelo nariz.

Com as gengivas, o bebê pressiona ao redor da aréola e com a língua ele traz o leite para sua boca. Essa ação faz o mamilo se alongar bastante chegando ao céu de sua boca.

Então, pelos movimentos da boca se completa a sucção adequada e o leite sai dos depósitos da mama, até em jato, indo para o local adequado para que possa haver a deglutição sem que o bebê engasgue.

Para facilitar essa pega, as mamas não devem estar muito cheias, atrapalhando esse processo. Se isso ocorre, é bom que antes de amamentar a mamãe esvazie um pouco a mama, deixando-a mais macia (menos cheia e menos dura).
É normal ter dor nos primeiros dias de amamentação? Isso deve passar depois de quanto tempo?
Se a dor for de intensidade leve e não houver ferimentos na mama, ela pode acontecer por até uma semana pela pega inadequada ou sucção não efetiva do bebê.Não deve haver sinais de inflamação (seio vermelho, duro, quente ou com tumoração). Se isso acontecer, deve-se conversar com o médico.

A dor bem como o estresse, preocupações podem interferir na produção do leite.

Assim, em caso de dúvidas, converse com o médico.
O que fazer quando o leite empedra?
Após o parto, o primeiro leite que sai é o colostro (menor quantidade e muito importante para os primeiros dias do recém-nascido).

Após 3 a 7 dias de estímulos e aleitamento adequados, com o bebê mamando desde a 1ª hora de vida, a ocitocina promove o enchimento importante da mama com aparecimento do leite mais maduro. Essa fes é conhecida como apojadura do leite.

Nesse ponto, a mama fica cheia, porém mole, sem sinais de inflamação ou infecção. Quando se usam manobras para retirada do leite, ele sia facilmente.

Porém, em algumas situações onde o leite não foi retirado adequadamente após a mamada ou ele se acumula em locais de difícil acesso à sucção do bebê, pode ocorrer sensação de dor e endurecimento no local. Esse é o leite empedrado.

Para evitar que isso ocorra, é importante que se houver sobra de leite materno na mama após a "refeição" do bebê proceda-se à retirada do excedente. Assim, não haverá riscos de acúmulo ou empedramento.

Mas, se ele já aconteceu, é importante que se procedam algumas manobras para evitar que esse leite armazenado e empedrado crie um meio propício a infecções, levando a uma mastite (infecção da mama).

Assim, amamentar mais vezes pode ser uma boa saída, tanto para alimentar melhor o recém-nascido quanto para esvaziar essa mama. Não deixar de esvaziar um pouco a mama muito cheia para facilitar a pega e, assim, favorecer o escavziamento da mama. Tentar mudar a posição do bebê (posição invertida). Mesmo assim, se sobrar leite após essa mamada, extrair o excedente.

No banho, enquanto a água morna cai sobre os seios, ou com compressas mornas nas mamas, massagear esses locais pode ajudar a dissolver "as pedras" além de estimular a produção da ocitocina (o hormônio responsável pela saída do leite).

Independente de qualquer tentativa, conversar com o médico (ginecologista e/ou o pediatra) é sempre uma atitude cuidadosa. Ele poderá avaliar melhor e orientar até tratamentos medicamentosos para aliviar a dor ou facilitar a saída do leite.
As fissuras na mama são comuns? Porque ocorrem?
Quanto antes forem identificados, mais fácil será corigor os problemas que podem aparecer nas mamas. As fissuras são dos problemas mais comuns que, se não identificados rapidamante, podem até interferir na continuidade do aleitamento materno.

A pega do seio deve ser feita de forma adequada pelo bebê. Ele não mama o bico do seio. Ele suga com a pega desde a aréola (a parte mais escura da mama) até o mamilo que fica no céu da boca (não ocorre o atrito do bico do seio com a língua ou gengiva do bebê). Quando essa pega não é adequada (com atrito da língua, da gengiva e a sucção “errada” do bebê) pode acontecer a fissura (rachadura) da mama ou até do mamilo.

O uso de alguns produtos na mama, a umidade provocada pela não higienização ou proteção da mama nessa fase, levando ao aparecimento de fungos (micose), a retirada do bebê do seio enquanto ele está sufgando, sem ter terminado de mamar ou o uso inapropriado das bombinhas para retirada de leite podem ser outros fatores que contribuam para a rachadura.

Sempre é melhor prevenir do que remediar. Para a proteção contra as rachaduras alguns cuidados simples podem ser tomados:
- Estar atentos à pega e à posição adequadas para o bebê mamar;
- Manter a mama e os mamilos secos e protegidos após cada mamada;
- Quando a mama estiver muito cheia, retirar um pouco de leite antes de o bebê mamar para que ele consiga a pega no local adequado, sem dificuldades;
- Não retirar o bebê abruptamente do seio, enquanto ele ainda estiver mamando;
- Após a mamada, se ainda tiver leite na mama, retirá-lo de forma adequada evitando, assim, uma possível mastite (empedrar e infeccionar).
Qual a melhor forma de curá-las?
Em caso de se apresentarem as fissuras ou qualquer outra situação que implique em um risco de suspensão da amamentação, o médico (ginecologista e/ou pediatra) deverá ser consultado.

Entretanto, alguns cuidados são fundamentais, independente de consultar o médico, para que o quadro não se agrave:
- Começar a mamda pela mama que estiver doendo menos ou com menor problema;
- Tentar achar uma posição melhor do bebê para a amamentar;
- Tentar esvaziar um pouco a mama para que a pega seja mais facilitada;
- Usar, de forma adequada, os tratamento orientados pelo médico.
A recuperação costuma ser rápida e, a partir daí, usar as dicas para prevenir a repetição da situação.
Mãe doente pode amamentar?
São poucas as doenças que seriam contraindicações absolutas de amamentação.

Mães soropositivas para HIV têm recomendação absoluta de não amamentarem, mesmo se estiverem em tratamento medicamentoso.

Mães desnutridas, com quadros infeciosos febris, viroses na sua maioria podem amamentar.

Em algumas situações em que a mãe não se encontre em condições clínicas adequadasa amamentação pode ser evitada enquanto a situação não se resolve.

Mas mesmo em alguns quadros virais como a rubéola, caxumba, herpes simples catapora a amamentação não precisa ser interrompida.

Em casos de Hepatite pode-se mater a amamentação com algumas ressalvas:
- Hepatite A – se a mãe etsiver doente no parto, o bebê deve tomar imunoglobulina humana.
- Hepatite B – o recém nascido deve tomar a vacina contra hepatite B (o que já é rotina para todos os bebês em grande parte das maternidades) e imunoglobulinas.
- Hepatite C – suspender a amamentação se nos exames houver carga viral alta ou rachaduras nos seios até a estabilização desses quadros.
É verdade que, por exemplo, no caso de um resfriado, o corpo da mãe produz anticorpos que são passados ao bebê na amamentação?
O bebê recebe anticorpos maternos desde a gestação e durante a amamentação. Assim, ele fica imune a determinados tipos de quadros que a mãe já teve contato e desenvolveu anticorpos, enquanto durarem esses anticorpos.
E no caso do uso de remédios, é preciso consultar um médico para saber se a amamentação precisa ser interrompida?
A auto-medicação e auto-desmedicação são práticas que devem se evitadas sempre, especialmente durante a fase de gestação e amamentação. Há substâncias que passam pelo leite e que podem causar danos ao bebê.

Assim, todo e qualquer uso de remédios deve ser sempre orientado e prescrito apenas pelos médicos.

Isso vale não só para medicamentos mas para contatos com quaisquer substâncias químicas que possam ser absorvidas pelo organismo materno (tinturas de cabelos, chás e fitoterápicos, por exemplo).

O Ministério da Saúde, por meio da Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno, em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), disponibiliza um Manual emitido em 2.010, contendo informações básicas sobre o uso de drogas durante o período da lactação.

As substâncias estão identificadas por cores:

Em verde - USO COMPATÍVEL COM A AMAMENTAÇÃO
Desta categoria fazem parte os fármacos cujo uso é potencialmente seguro durante a lactação, haja vista não haver relatos de efeitos farmacológicos significativos para o lactente.

Em amarelo - USO CRITERIOSO DURANTE A AMAMENTAÇÃO
Nesta categoria estão os medicamentos cujo uso no período da lactação depende da avaliação do risco/benefício. Quando utilizados, exigem monitorização clínica e/ou laboratorial do lactente, devendo ser utilizados durante o menor tempo e na menor dose possível. Novos medicamentos cuja segurança durante a amamentação ainda não foi devidamente documentada encontram-se nesta categoria.

Em vermelho - USO CONTRAINDICADO DURANTE A AMAMENTAÇÃO
Esta categoria compreende as drogas que exigem a interrupção da amamentação, pelas evidências ou risco significativo de efeitos colaterais importantes no lactente.

Se ainda sobrarem dúvidas, pergunte. É necessário pesquisar pelo nome técnico ou científico da substância e não pelo nome comercial.

AMAMENTAÇÃO E USO DE MEDICAMENTOS E OUTRAS SUBSTÂNCIAS
2ª edição
"Amamentação e uso de drogas"

Esse manual pode se acessado pelo link: Amamentação e uso de medicamentos

Porque as contrações uterinas estimuladas pela ocitocina ajudam na recuperação da mãe?
A ocitocina ajuda a promover a contração uterina, fazendo com que o útero retrone ao seu tamaho normal mais rapidamente.

Isso diminui a chance de sangramentos e problemas no pós-parto imediato.
Após cada mamada a mãe deve sempre retirar o leite excedente? O que fazer com ele?
Após cada mamada, se sobrar leite nos seios, pode haver uma dificuldade maior na drenagem desse leite e o seio pode empedrar e até infeccionar (mastite).

Assim, é interessante que esse restante seja retirado.

Você sabia que nos tempos de nossos avós havia o costume de que o avô sugasse esse excesso para não empedrar?

Hoje há métodos mais modernos.

O ideal é congelar esse leite que pode ser usado para ser oferecido ao bebê em alguma situação na qual a mãe não esteja disponível para amamentar ou quando a quantidade de leite estiver insuficiente.
O que fazer se o bebê não se interessa pelo peito?
Sempre é importante estimular. Esse desinteresse pode acontecer, de forma passageira e não deve desanimar a mãe.

Observar o que está acontecendo e, se houver alguma dúvida, entrar em contato com o pediatra para uma orientação.
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Os curativos siliconados para os seios são eficazes? Para que servem? E a concha?Tanto os curativos quanto a concha podem trazer problemas de rachaduras ou fissuras em mamas por manterem o seio úmido.

Os seios devem ser mantidos secos.
Quando e como usar a bombinha?
A bombinha deve ser usada após a mamada par se retirar o leite que sobrou e para armazenar leite e conservá-lo em geladeira ou freezer para oferecer ao bebê, quando for necessário, dentro do prazo de validade.

Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545