02/11/2011
A partir de 28 de junho de 2011, os novos padrões de segurança federal nos Estados Unidos proibiram a produção ou venda de berços com grades móveis. Os padrões de segurança de berços não foram atualizados nos últimos 30 anos e espera-se que essas novas regras melhorem a qualidade dos berços e incrementem a segurança para os bebês.
Mas as grades não são as únicas alterações. As novas regras também exigem suportes de estrados e colchões mais fortes, melhor qualidade do material e controle e testes mais rigorosos.
Desde 2007 mais de 11 milhões de berços receberam recall nos EUA. Além disso, as grades laterais móveis foram associadas a 32 óbitos por sufocamento e estrangulamento nos últimos 11 anos. Esses novos padrões ajudarão a prevenir essas tragédias e a manter as crianças seguras em seus berços.
Berçários, creches, hotéis e motéis terão até 28 de dezembro de 2012 para se adaptarem às novas regras.
A Associação Americana de Pediatria sugere aos pais a aquisição de novos berços, seguindo essas recomendações além da supervisão constante sobre a segurança do berço, relacionado a partes quebradas ou inadequadas.
É importante não usar mais as grades laterais móveis e manter fora do berço travesseiros, almofadas macias, acolchoados, mantas, bichinhos de pelúcia e equipamentos de fixação do bebê.
No Brasil, após considerar que todas as 11 marcas de berços analisadas apresentavam algum problema e pelos vários recalls em âmbito internacional, o INMETRO, através da Portaria n.º 269, de 21 de junho de 2011, publicada no Diário Oficial da União, no dia 24 de junho, incluiu o berço na lista de produtos que necessitam de certificação compulsória pelo órgão.
Os fabricantes têm 18 meses (1 ano e meio) a partir dessa publicação (até 21/12/2012) para se adequarem a essas novas regras e mais 6 meses para retirar de mercado os produtos que foram fabricados e que estão sem essa certificação (21/06/2013).
Para os comerciantes, serão dados 36 meses (3 anos – até 21/06/2014) para suspenderem a comercialização desses produtos sem certificação.
No anexo da portaria estão os requisitos de avaliação da conformidade para berços infantis, com todas as orientações necessárias para a obtenção desse certificado.
Nos Estados Unidos, o CPSC (Consumer Product Safety Commission – Comissão de Segurança de produtos dos Consumidores), no entanto, estabelece padrões que vão além da fixação das grades laterais, englobando reforço dos estrados e suportes do berço, melhorando a qualidade do material e requerendo testes mais rigorosos.
As novas regras abrangem, também, os berços em creches e locais de acomodações públicas. A partir de dezembro de 2.012, só poderão ser usados nesses estabelecimentos os berços que cumprirem os novos padrões de segurança federal. Mas já a partir de 28 de junho de 2.011, está proibida a produção de berços fora desses novos padrões, sob risco de penalidades civis..
Essa matéria foi publicada na Materlife nº 83 e na revista digital páginas 12, 14 e 16 (novembro/2011).
Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545