Do site Minha Vida
Qualquer pessoa pode receber o tratamento, que não tem efeitos colaterais
26/11/2011
O Dia da Homeopatia, comemorado em 21 de Novembro, só mostra o quanto essa ciência tem tradição: é baseada nos mesmos conceitos há mais de 200 anos. Dentro desse tratamento, há uma série de métodos, como o unicismo - que usa apenas um medicamento de cada vez - e o complexismo - baseado em uma somatória de medicamentos. "Independente da linha seguida, o medicamento homeopático é único para cada quadro e cada momento, não podendo ser receitado para pessoas diferentes", conta o médico homeopata Moises Chencinski, autor do livro Homeopatia - mais simples que parece.
Ele explica que o remédio homeopático pode ser feito de plantas, minerais e até animais: "O medicamento é muito diluído e, dessa forma, não causa danos ao doente". Para que essa terapia faça efeito, no entanto, é preciso manter alguns cuidados. Você sabe como funciona a homeopatia? Responda ao quiz e descubra.
Não.
"Apenas médicos que fazem o curso de homeopatia reconhecido pela AMHB (Associação Médica Homeopática Brasileira) têm condições adequadas de fazer um tratamento homeopático?, explica o médico homeopata e especialista do Minha Vida, Moises Chencinski. Ele conta, porém, que alguns medicamentos homeopáticos - para tratar traumas, corrimentos e HPV, por exemplo - já são utilizados, inclusive, por médicos não homeopatas, pela comprovação de sua eficácia. "Já para o tratamento de doenças crônicas ou quadros mais importantes, é fundamental a especialização em homeopatia", ressalta o especialista.
Não.
Desde que esses medicamentos sejam receitados pelo médico, de preferência homeopata, e após uma avaliação (consulta e exames complementares) adequada -sem automedicação -, os medicamentos homeopáticos não apresentam efeitos colaterais indesejáveis, não colocam em risco a saúde do paciente e nem a do planeta, por serem ecologicamente corretos.
Sim.
Existem situações em que o medicamento homeopático pode ser utilizado isoladamente, mas é possível associá-lo a outros tipos de tratamento sem nenhum risco, como acupuntura, fitoterapia, florais e até alopatia. Tudo vai depender da pessoa e do quadro que ela apresentar emocionalmente e patologicamente.
Sim.
"A homeopatia ajuda diversos distúrbios mentais, não há restrição no tratamento", diz Moises Chencinski. O médico pode, no decorrer do processo, associar outras terapias em benefício de seu paciente quando julgar apropriado e necessário, sem suspender a homeopatia. Alguns exemplos de doenças que podem ser tratadas com homeopatia - isoladamente ou em conjunto com outros tratamentos - são bipolaridade, depressão, esquizofrenia e síndrome do pânico.
Sim.
Durante a gestação, há medicamentos que não devem ser tomados pelo risco de causar problemas em seu bebê. Por isso, a homeopatia é uma das melhores saídas, pois não tem contraindicações, nem efeitos colaterais, desde que prescrita e acompanhada por um médico homeopata.
De acordo com Moises Chencinski, o remédio homeopático pode ser usado para aliviar sintomas como náuseas e vômitos, azia, alterações do sono, varizes, hemorroidas, intestino preso, infecções urinárias, ansiedade e depressão. Também pode facilitar o parto, ajudando nas contrações. "A recém-mamãe também pode se beneficiar do tratamento homeopático para ajudar na produção do leite materno e prevenir o quadro de depressão pós-parto, entre outras complicações", completa o homeopata.
Não.
"Não há milagres para emagrecer", conta Moises. "Manter-se dentro de um peso saudável requer um equilíbrio entre o que você consome e o que você gasta, além da prática de exercícios." O médico afirma que a homeopatia pode ajudar a controlar a ansiedade que pode estar por trás da obesidade, ajudando em parte a solucionar o problema.
Mas, sozinha, a homeopatia não influenciará decididamente nesse quadro.
Sim, desde que acompanhada de outros tratamentos, quando necessário.
"Se não for usada de forma cuidadosa, a homeopatia pode agravar o quadro de pacientes que sofrem com uma alguma doença debilitante, como AIDS", alerta Moises Chencinski.
Além disso, segundo o especialista, existem situações que não podem ser revertidas somente com a homeopatia. "Se o paciente sofreu uma perda importante de funções, por exemplo, é necessário que ele tenha todo o suporte possível para manter-se vivo", conta.
Depende do paciente.
O Presidente da Associação Mundial de Desenvolvimento em Saúde, Bem Estar e Beleza (AMDSBB), Edjasto Ferreira, especialista em Florais e Fitoterápicos, explica que cada paciente tem uma forma particular de reagir aos estímulos da homeopatia, que dependem de vários fatores - idade, outras doenças associadas, doenças anteriores, tratamentos anteriores etc. "Se você tem uma dor de cabeça há 15 anos, por exemplo, e trata com homeopatia, vai demorar cerca de dois anos para que você se reequilibre e não precise mais tomar medicamentos para isso", explica Edjasto. Porém, isso não quer dizer que você tomará medicamentos durante todo esse tempo, e nem que você terá dores de cabeça por mais dois anos.
"Esse tempo é reservado a consultas, acompanhamento e, quem sabe, medicamentos", esclarece o profissional. Mas a homeopatia também age em pacientes que precisam de alívio imediato, com medicamentos administrados de forma diferente. "Em alguns casos, a cura pode surgir mais rápido do que com outro tipo de tratamento", diz o médico.
Não.
"A ação do medicamento homeopático é a mesma independente de sexo, idade ou fase de vida", diz Moises Chencinski. O que pode acontecer é a criança responder melhor ao tratamento, justamente por ter sido submetida a menos fatores estressantes do que os adultos.
Não.
A fitoterapia pode ser definida como a ciência que trata dos problemas de saúde utilizando os vegetais. "Mesmo feita de plantas, a fitoterapia é uma forma alopática de tratamento, pois trata os sintomas e não o todo", esclarece Edjasto. Os Florais de Bach não são uma especialidade médica.
São 38 essências que ajudam a reestabelecer um equilíbrio das emoções negativas e não interferem em doenças clínicas. Eles estimulam o potencial de autocura do indivíduo por meio das propriedades curativas das flores.
Sim.
O ideal é que o paciente não pule dose nenhuma do medicamento, para que o tratamento seja plenamente eficaz. "Caso isso venha a acontecer, entre em contato com o seu homeopata, pois só ele poderá orientar a situação da melhor forma possível", diz o homeopata Moises Chencinski.
Não.
O ideal é evitar alimentos muito temperados, café, bebidas alcoólicas e produtos aromáticos feitos de árvores, como eucalipto, cânfora, chá e pinheiro, pois eles podem afetar o tratamento. "Isso não é uma regra para todos os casos e, por isso, o ideal é perguntar ao médico", conta Moises.
Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545