14/04/2012
Sintomas podem surtir efeito em quem os têm e também em seus parceiros
Sintomas simples, como bufar e interromper a respiração durante o sono podem ser mais graves do que aparentam. Uma pesquisa nacional de saúde realizada pelo Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) revelou que esses pequenos distúrbios estão associados à depressão, tanto em pessoas que apresentam esses pequenos sintomas quanto nos seus parceiros.
O estudo foi feito com 9.714 homens e mulheres. Os pesquisadores usaram entrevistas sobre sintomas de sono e um questionário validado que ajuda a diagnosticar a depressão em adultos. O relatório aparece na edição de abril do periódico Sleep.
Nos pacientes diagnosticados com apneia obstrutiva do sono, a depressão foi mais do que duas vezes mais comum entre os homens, e mais do que cinco vezes mais comum em mulheres, em comparação com os pesquisados que não apresentavam a doença. Além disso, os parceiros dessas pessoas que bufam ou interrompem a respiração durante o sono são mais propensos a ter depressão, com a probabilidade aumentada de acordo com o aumento da frequência de sintomas.
Homens afetados cinco ou mais noites por semana possuem quase quatro vezes mais probabilidades de sofrer depressão em relação àqueles que nunca tiveram os sintomas. Já as mulheres possuem uma probabilidade mais de duas vezes maior de ter depressão. Segundo a epidemiologista Anne G. Wheaton, do CDC, os sintomas podem fazer com que o sono seja mais leve, além de reduzir o oxigênio no cérebro, fatores que podem levar a problemas psicológicos.
Dormir é fundamental à saúde
O sono é um processo cíclico de quatro etapas até o estágio do sono REM, quando acontecem os sonhos. É nesse momento em que o corpo está 100% relaxado, se recuperando do desgaste físico do dia. Curiosamente, enquanto descansamos, o cérebro trabalha a todo vapor.
Durante as horas de sono ocorre a síntese de proteínas responsáveis pelo desenvolvimento das conexões neurais, aprimorando habilidades como memória e aprendizado. Pela noite, o cérebro faz uma varredura entre as informações acumuladas, guardando aquilo que considera primordial, descartando o supérfluo e fixando lições que aprendemos ao longo do dia. Por esse motivo, quem dorme pouco pode apresentar dificuldade para se recordar de coisas básicas.
As pessoas que não conseguem completar os ciclos de sono até a fase do sono REM, acordando antes por algum motivo, estão inclusas na lista de quem tem distúrbios relacionados ao sono. Essa "falha" cria a sensação de nunca ter descansado o suficiente.
Segundo o homeopata Yechiel Moises Chencinski, o sono serve como combustível para o corpo. "Um bom dia começa por uma boa noite de sono, pois é com ela que recarregamos nossas baterias. Como não estamos em nossa atividade plena, nossas funções ficam em ritmo mais lento durante o sono e o corpo pode se preparar para a batalha do dia seguinte".
Essa matéria foi publicada no site Medicando (09/04/2012), no site Minha Vida (10/04/2012), R7 - Minha Vida (10/04/2012), no site Dourados AgoraFábio Pisquiatra (10/04/2012), no site Coxim Agora - MS (12/04/2012), no site do Sindicato dos Enfermeiros - Sindef Pernambuco (18/04/2012), no site Cem Anos de Itabuna (30/05/2012), no site da Clinica Grinfeld (26/01/2013).
Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545