28/07/2012
Em homenagem aos médicos que cuidam de nossas crianças, o doutor Moises Chencisnki faz um alerta importante aos pais sobre a alimentação dos filhos
Durante a gestação, o ginecologista acompanha a saúde da mamãe e do feto e tranquiliza a gestante ao sinal de qualquer sintoma diferente dos que ela estava acostumada a sentir. É ele quem acompanha a mulher durante os nove meses.
Após o parto, surge outra figura muito importante na vida da família: o pediatra. É ele quem orientará os pais nos cuidados com os filhos desde que eles são recém-nascidos até se tornarem adolescentes.
É para ele que você irá ligar quando seu bebê estiver gritando de cólica, quando não quiser comer ou ficar doentinho. É ele quem você visitará uma vez ao mês no primeiro ano de vida do bebê para medir altura e peso e receber todas as orientações sobre amamentação, as primeiras papinhas, vacinação, como lidar com as primeiras birras...
Este médico tão especial em nossas vidas é homenageado no dia 27 de julho, quando se comemora o Dia do Pediatra. Para lembrar a data, o pediatra e homeopata Moises Chencisnki cita algumas dicas que os pediatras devem passar aos pais durante as consultas de rotina:
"A nossa orientação para nossos pacientes é de aleitamento materno exclusivo até os 6 meses, podendo se estender até os 2 anos. Mesmo assim, no Brasil, nossa média de aleitamento materno exclusivo é de 2 meses e uma semana e a total é de 4 meses e 15 dias.
A introdução da alimentação complementar (sucos, frutas, papinhas salgadas) deve iniciar apenas após o 6º mês de vida. Assim, evita-se a alta incidência de obesidade infantil e alergia alimentar.
O leite de soja deve ser evitado até o 6º mês de vida e o leite integral até 1 ano de idade. Em todas as consultas de puericultura, nós temos passado essas informações, esclarecendo que se essas medidas não forem tomadas, há riscos hormonais, riscos de obesidade, além do aumento da alergia alimentar (alergia à proteína do leite de vaca é responsável por 85% dos quadros de alergia alimentar e a soja corre junto com o leite de vaca nessa questão e nos riscos hormonais).
Mesmo assim, esses cuidados não estão sendo tomados e estamos presenciando estatísticas assustadoras a respeito do aumento dos quadros alérgicos e de obesidade infantil (1 em cada 3 crianças de 5 a 9 anos está com sobrepeso, além de 50% da população adulta).
Será que nós, os pediatras e profissionais da saúde, estamos dando tempo e dedicação suficiente para mudar esse painel?
Nós pediatras não podemos desistir nunca. Algo diferente precisa ser feito. Precisamos mudar esse panorama. As crianças precisam ser cada vez mais protegidas. A ideia é propiciar condições mínimas, dignas, de alimentação, imunização, educação, segurança para que essas crianças possam alcançar o que a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera como definição de saúde: Saúde é um estado dinâmico de completo bem-estar físico, mental, espiritual e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade".
Essa matéria foi publicada no site Chris Flores (27/07/2012).
Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545