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A importância do aleitamento materno exclusivo para combater a epidemia de obesidade infantil

13/08/2012

A semana do aleitamento materno em 2012 vai ocorrer entre os dias 01 e 07 de agosto e tem como lema "Entendendo o Passado – Planejando o futuro". Desde 1996 a média de tempo de aleitamento materno no Brasil subiu mais de 70%, passou de 33 para 54 dias. Mas ainda bem longe da meta proposta pela Organização Mundial de Saúde, pelo UNICEF, pelo Ministério da Saúde e pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) que é de 180 dias. "Em minha prática diária de consultório observo, entre entristecido e decepcionado, que essa situação não se modificou de forma significativa mesmo com a instituição de políticas favoráveis a uma mudança",afirma o Dr. Moises Chencinski.

O Pediatra relata que uma das causas para esse resultado está na postura de alguns médicos, "atendo pacientes que já passaram por outros profissionais não comprometidos com a prática de aleitamento materno exclusivo e que, ao primeiro sinal de dificuldade, optam por complementar amamada com leites artificiais". Outra postura que, segundo o Dr. Moises,contribui para desestimular as mães a vencer as dificuldades e manter o aleitamento é o procedimento adotado por algumas instituições.

"Ainda temos maternidades de grande peso e de reconhecida capacidade técnica aqui em São Paulo que, além de não estimularem o aleitamento materno, chegam a estimular a prática do aleitamento artificial para mães que desejam amamentar com orientações, como oferecer complemento caso o recém-nascido passe duas mamadas sem urinar ou como oferecer apenas um seio por mamada (prática não recomendada pela Sociedade Brasileira de Pediatria)".

O Dr. Moises Chencinski não tem dúvidas que a alta incidência de obesidade infantil,alergias alimentares, anemia e outros problemas de saúde que acometem nossas crianças nos dias hoje estão relacionados ao desmame precoce.

A licença Maternidade pelo mundo

Temos garantida para as mães no Brasil uma licença-maternidade de 120 dias (17 semanas) desde 1998 com salários pagos pelo empregador e descontados por ele (empregador) dos recolhimentos devidos à Previdência Social.

Lei sancionada em 2008, masque entrou em vigor apenas a partir de 2010 para empresas privadas, concede licença-maternidade não obrigatória de 180 dias (25 semanas) a essas mães em troca de benefícios fiscais para os empregadores.


Essa matéria foi publicada no site Além do Natural (02/08/2012).

Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545