Publicações > Meus Artigos > Todos os Artigos

VOLTAR

Dia Nacional da Homeopatia é comemorado em 21 de novembro

Do site do Mogi News

Especialidade, porém, é a terapia alternativa que mais sofre preconceito hoje, o que não ocorre com a acupuntura

17/11/2012

A homeopatia, criada por Samuel Hahnemann, em 1796, foi introduzida no Brasil em 21 de novembro de 1840, por Bennoit Mure (ou Bento Mure) conforme conta a história. Por essa razão, é no dia 21 de novembro que se comemora o Dia Nacional da Homeopatia.

Ela é uma das 53 especialidades médicas reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), em 1980, e, assim, segue os mesmos critérios de qualquer uma delas ou, pelo menos, deveria seguir. No entanto, somente nos últimos dez anos a homeopatia começou a fazer parte, de forma muito tímida, da grade curricular de alguns cursos médicos.

De acordo com o pediatra e homeopata Dr. Moises Chencinski, os três anos necessários para a especialização são parte de uma pós-graduação apenas para os interessados. "Isso significa que a maioria dos médicos formados que não busca a especialidade, desconhece totalmente qualquer informação sobre o assunto", declara.

Segundo ele, a homeopatia, mesmo que de forma velada (ou escancarada), é a terapia alternativa que ainda mais sofre esse preconceito nos dias de hoje, em todos os campos. Isso não ocorre, por exemplo, com a acupuntura - outra única especialidade alternativa também reconhecida pelo CFM -, nem com a "medicina ortomolecular", que hoje ainda não é uma especialidade médica reconhecida pelo CFM, não podendo, dessa forma, ser chamada de medicina.

O médico conta que há inúmeros trabalhos cientificamente corretos publicados em revistas importantes da área de homeopatia sobre a ação do tratamento homeopático em otites, sinusites e depressão, bem como em revistas reconhecidas nacional e internacionalmente, com artigos sobre depressão, estudo multicêntrico sobre tratamentos de quadros gastrintestinais, relato clínico sobre o uso de medicina complementar e alternativa na Pediatria, artigo sobre o uso e de medicina alternativa e complementar na aderência do tratamento da asma em crianças etc. "Talvez, tão interessante quanto comprovar os resultados desses tratamentos, seja formular algumas considerações a respeito das causas de busca dos tratamentos homeopáticos e apresentar algumas propostas", diz.

Chencinski revela que, segundo alguns dos artigos, cerca de 40% dos pais de pacientes pediátricos da área de gastroenterologia estão buscando os tratamentos complementares e alternativos por falta de efetividade da terapêutica convencional, absenteísmo escolar e efeitos colaterais adversos do tratamento alopático tradicional. E essa mesma colocação aparece nos tratamentos de adolescentes, de quadros respiratórios crônicos, alérgicos, entre outros.

Para ele, na maior parte desses estudos, conclui-se que devido a essa procura, à aderência do paciente ao tratamento alternativo e aos bons resultados obtidos, os pediatras e especialistas da medicina tradicional deveriam se preocupar em procurar mais trabalhos na área para obter maior conhecimento, bem como, cobrando dos homeopatas mais publicações e melhor divulgação dos resultados. "Uma das conclusões que mais me alegraram foi a de um trabalho sobre asma, no qual os autores apontaram uma tendência com a qual já trabalho há mais de 15 anos", ressalta.

Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545