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Para uma mãe - de bebês e/ou crianças de até 12 anos -, o que é indispensável ter...
03/11/2012
Essa foi uma matéria solicitada pelo site IG com 3 perguntas interessantes, mas que não foi aproveitada. Como o material é interessante, vou repassar aqui.
1 - ... em sua farmácia doméstica (termômetro, analgésicos, creme para picadas de inseto...)?
2 - ... em sua lista de telefones úteis (telefone da babá, da sogra, do pediatra...)?
3 - ... na bolsa do bebê (3 ou mais fraldas, agasalho, filtro solar...)? (Nessa questão, queremos fazer uma lista para uma saída de um dia e para uma saída de meio dia: qual a quantidade de fraldas ou mamadeiras para cada caso, por exemplo?)
Essa é uma faixa etária muito ampla e que requer algumas abordagens muito específicas, por exemplo, como recém-nascidos até 1 ano de idade.
- Melhor começar pela lista de telefones úteis
- - Família (em especial dos que possam ajudar em alguma necessidade);
- Amigos (em especial dos que possam ajudar em alguma necessidade);
- Pediatra (consultório, residência, celular) ou e-mail;
- Farmácias confiáveis, próximas, de plantão e que possam fazer entregas;
- Prontos-socorros;
- Plano de saúde (24 horas);
- Centrais de intoxicação com as seguintes informações:
* Nome, idade e peso do intoxicado.
* Qual foi o produto, como foi o contato com o produto, há quanto tempo.
* Sintomas que o intoxicado está apresentando.
* Telefone para contato.
Centro de Controle de Intoxicações (CCI) - 0800 771 3733 / 5012-5311
Centro de Assistência Toxicológica (CEATOX – FMUSP) – 0800-0148110 - Farmácia doméstica
- A partir do contato em consultas com o pediatra, a farmácia doméstica deve seguir o que for indicado pelo profissional.
- Não medicamentos: termômetro, algodão, gaze, esparadrapo, tesoura, antissépticos, bolsa de gelo e bolsa de água quente, faixas, filtro solar.
- Medicamentos: para febre, vômitos, creme para picada de insetos.
Não é uma boa ideia ter muitos remédios em casa, imaginando-se uma emergência, pois isso pode ser fator de risco para intoxicações medicamentosas importantes, caso a criança ache e experimente e, também é grande fonte de estímulo à automedicação.
Mesmo em casos de utilização de medicamentos homeopáticos e/ou fitoterápicos, é importante que a orientação seja dada pelo profissional habilitado, sem que qualquer membro da casa, que não tenha o preparo adequado, resolva medicar sem uma avaliação.
Muito cuidado com os medicamentos que devem ser guardados em locais fora do alcance das crianças, observando sua data de vencimento.
Assim, é importante ter o contato de farmácias tradicionais e homeopáticas com seus horários de atendimento e informações sobre endereços, entrega domiciliar para facilitar o início do tratamento em caso de necessidade. - Bolsa do bebê
- Mesmo aqui, a faixa de idade é muito ampla para uma orientação geral.
É necessário conhecer as características de cada fase do seu bebê, sua alimentação (se é aleitamento materno exclusivo ou não, sucos, frutas, a comidinha), seu ritmo fisiológico (fezes, urina – quantas vezes ao dia), horário e período de sono diurno, uso ou não de protetor solar, entre outros.
Nos primeiros 30 dias de vida do bebê o ideal é que a criança e a mamãe não saiam de casa sem que haja uma necessidade absoluta.
Antigamente, nos tempos de nossos avós, o período era de 45 dias em casa, de "resguardo", para que houvesse a primeira saída dos bebês.
Qualquer saída deve ser programada avaliando-se, em primeiro lugar, as características do bebê e depois as questões referentes a essa saída (distância, duração, horário, meio de transporte, entre outros).
O período de saída deve ser menor inicialmente.
Alimentação
Caso os pais tenham que sair com a criança, espera-se que até os 6 meses “esteja em prática” o ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO em livre demanda. Isso significa que além de todos os benefícios já conhecidos dessa prática desejável e saudável, não há necessidade de preocupação com a alimentação de bebês nessa faixa etária, quer seja em casa ou fora dela.
Também é altamente recomendável que o aleitamento materno seja estendido até pelo menos 2 anos de idade o que ajudará a mamãe e a criança, tanto na questão saúde quanto da praticidade da oferta do leite.
Na transição ou na impossibilidade de aleitamento materno, a expectativa não é o uso da mamadeira e sim de copinhos de transição para oferta de qualquer líquido (leite, sucos naturais, EVITANDO OS REFRIGERANTES).
Se o uso de mamadeira é o hábito da casa, leve duas com água filtrada e fervida, também em garrafas térmicas.
Sucos devem ser feitos na hora em caso de oferecê-los às crianças. Cuidado sempre com o limão (pode causar queimaduras quando cai na pele).
Higiene
Deve-se levar em conta qual o ritmo intestinal. Criança que mama no peito pode evacuar a cada mamada, fezes líquidas, como passar até 2 dias sem evacuar, fezes pastosas. Isso sem contar o número de vezes que a criança urina. Assim, o número de fraldas a levar sempre deve ser o suficiente para essas características (imaginando uma mamada a cada 3 horas, seria uma fralda para cada 3 horas fora de casa, mas sempre leve uma ou duas a mais para caso de alguma surpresa).
Para higiene, o ideal sempre é água quente (em uma garrafinha térmica) e algodão, mas, para o caso de uma saída rápida (meio dia ou um dia) eventual, os lencinhos umedecidos podem ajudar.
Uma ou duas trocas de roupa, dependendo da idade do bebê pode ser suficiente.
Sol
Segundo recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria e da Sociedade Brasileira de Dermatologia, crianças abaixo de 6 meses não devem usar protetor solar. Assim, os passeios nessa faixa de idade devem ser até as 10 e após as 16 horas, aumentando a duração com o tempo e com a idade.
Assim, em caso de crianças com exposição solar, é prudente o uso de protetor solar fator 15 para cima (até 30), passado meia hora antes de sair e repetido a cada 2 horas, especialmente em crianças maiores (2 anos ou mais) que já podem correr e brincar e ficam mais sujeitas a queimaduras.
Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545