Do site Bolsa de Bebê / Bolsa de Mulher
Médico dá dicas para reduzir rejeição alguns tipos de comidas
27/04/2013
A aceitação de novos alimentos pelas crianças é uma das maiores dificuldades relatadas pelos pais nas consultas pediátricas. As estratégias utilizadas nessas tentativas são muitas, mas grande parte delas são inadequadas: forçar, deixar passar fome, transformar a hora da refeição na “hora do horror”…
“Em todas as situações que envolvem novidades para crianças (que não seja brincar) é importante entender e ‘trazer a criança para dentro do processo’. Essa atitude pode modificar esse panorama de forma significativa. Levar a criança à feira ou ao mercado, deixar que ela toque, cheire, experimente cada alimento pode trazer resultados excelentes”, recomenda o pediatra Moises Chencinski .
A inserção da criança no processo pode acontecer também na escola, como mostram alguns estudos recentes.Pesquisadores australianos encontraram um interesse maior em experimentar novos alimentos em crianças do ensino elementar que plantaram, colheram e cozinharam dentro de uma programação orientada de jardinagem e de culinária na escola.
O programa previa que em cada semana do período letivo, as crianças passariam de 45 a 60 minutos em uma aula de jardinagem e 90 minutos em uma aula de culinária, sempre orientadas por profissionais. A intenção seria observar o impacto dessas aulas na vontade das crianças experimentarem novas comidas, na sua capacidade de descrever as refeições e na alimentação saudável. As crianças preparavam, cozinhavam e compartilhavam os alimentos novos com seus colegas de classe semanalmente. Durante essas refeições, elas eram estimuladas a experimentar alimentos novos em pratos tradicionais como massas, saladas e tortas, mas sem nenhuma pressão.
Os resultados das pesquisas mostraram uma diferença significativa nos relatos das crianças, dos pais, dos professores e na vontade de experimentar novos alimentos no grupo submetido ao programa. "A mudança doshábitos alimentares das crianças, transformando a rejeição em aceitação e até mesmo na apreciação de novos alimentos, começa pelo primeiro passo, que pode ser sim a instituição de programas semelhantes nas escolas" afirma o pediatra.
Segundo ele, esta mudança de hábitos deve começar o quanto antes, seja em casa ou na escola. "O importante é ter a participação da família, da sociedade e com o apoio do governo e da mídia, para que possamos retomar um caminho de saúde, que começa pela alimentação equilibrada e saudável, desde cedo"
Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545