Do site Bolsa de Bebê / Bolsa de Mulher
Pediatra explica quando a transição pode começar e dá dicas para facilitar esse momento
Por Laís Peterlini
29/04/2013
Quando começa a dar os primeiros passos, o bebê tem uma curiosidade ainda maior de descobrir os espaços e andar “com as próprias pernas” pela casa. Nesse momento surge, para muitos pais, uma dúvida em relação à transição do berço para a cama. O pediatra Moises Chencinski explica qual é a melhor forma de fazer essa mudança.
Quando deixar o berço?
Segundo o pediatra, não há uma idade definida para que isso aconteça. “O mais importante é sentir se a transição será adequada para o momento do desenvolvimento da criança”, afirma. O medo de que a grade do berço já não seja mais um obstáculo preocupa muitos pais e pode antecipar a troca do berço. “Para sair por conta própria, é preciso que ela consiga se levantar e ficar em pé com ou sem a ajuda de apoio”, ressalta Moises. Se o berço passa de um local adequado e de proteção para criança dormir a um obstáculo a ser transposto por ela, é chegada a hora de fazer a mudança. O pediatra ressalta que algumas crianças têm facilidade em se adaptar e se sentem “grandes” com a mudança para a cama. Contudo o desapego do berço pode ser difícil para alguns e, nessa hora, é preciso ter paciência com os pequenos.
Como mudar a criança para a caminha?
As crianças são exploradoras e ganham, a cada dia, novas habilidades e aptidões que elas querem testar o que podem ser perigoso em alguns momentos. A primeira dica de Moises é explicar porque o berço vai ser trocado por uma caminha. “Um bom começo para esse processo pode ser baixar as grades do berço e orientar sobre as formas adequadas e os riscos ao subir e descer”, diz. Outra dica é valorizar a mudança e repaginar o espaço para minimizar a resistência. Observar a reação da criança à ideia da mudança é importante para definir os próximos passos. “Se ela ficar insegura, uma opção é não eliminar o berço de uma vez. Se houver espaço, os pais podem mantê-lo no quarto ao lado da nova cama para que o ritual de passagem seja menos abrupto”, afirma Moises. Para facilitar ainda mais a mudança, os pais devem evitar ao máximo passar a ideia de que isso é um castigo ou punição por ela ter saído ou tentador sair do berço sozinha.
Primeira cama
E o colchão?
O colchão, por sua vez, deve ser firme e flexível e para não ceder ao peso da criança, deve ter a densidade adequada. “A densidade 18 é a mais recomendada para crianças desde recém-nascidos até os três anos de idade”, afirma Moises. Além da densidade, os pais também devem ficar atentos a qualidade do produto, que deve ter o selo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). Em relação ao material, o pediatra afirma que até pelo custo e pela praticidade é aconselhável que o colchão seja de espuma.
Qual é o melhor lugar?
Mesmo em quartos com proteção, com grades e redes, evite colocar a cama perto das janelas. Segundo o pediatra, perto da janela a criança está suscetível a uma série de acidentes, pode criar o hábito de atirar coisas e ficar exposta ao vento e ao sol se a vedação não for bem feita. Com grades dos dois lados, a cama pode ser colocada no meio do quarto com a cabeceira encostada na parede.
Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545