Do site Bolsa de Bebê / Bolsa de Mulher
05/07/2013
Todas as mães sabem o quanto o leite materno é importante seus filhos, mas muitas ainda têm dúvidas sobre o assunto o que, muitas vezes, faz com que acabem desistindo da amamentação. “Comumente observo, ao primeiro sinal de dificuldade para amamentar, mães e profissionais de saúde optarem por complementar ou até mesmo substituir o leite materno por leites artificiais ou fórmulas infantis, em detrimento da promoção da saúde da criança e da prevenção de quadros comuns nos dias de hoje como alergias alimentares, obesidade infantil, anemia dentre outros”, diz o pediatra Moises Chencinski, que é defensor da prática do aleitamento materno exclusivo (AME) da primeira hora de vida até o sexto mês. Ele esclarece alguns pontos sobre essa relação entre mamãe e bebê.
Amamentar: mitos e verdades
O tipo de parto (natural ou cesárea) interfere na produção de leite da mãe. Mito
Qualquer mãe que não tenha tido qualquer tipo de problema em sala de parto que a impossibilite de amamentar pode e deve oferecer os seios para seus bebês recém-nascidos desde a primeira hora de vida, mesmo aquelas que receberam anestesia e medicamentos para dor.
Durante a amamentação podem surgir nódulos nos seios. Verdade
Em algum momento a mulher pode sentir seus seios doloridos ou notar um pequeno nódulo nas mamas, que dói quando ela o toca. Este nódulo pode ser o resultado de um duto de leite entupido, fruto de uma mudança abrupta na programação de alimentação, da drenagem inadequada da mama ou do uso de roupas ou sutiãs muito apertados. Um duto entupido deve ser tratado imediatamente, pois pode levar a uma infecção da mama. Apesar disso, a mãe deve continuar amamentando normalmente, até porque, amamentar é parte do tratamento da obstrução. Mesmo assim, é importante que ela tenha a supervisão de seus médicos.
A amamentação exclusiva reduz a chance da mulher engravidar novamente durante os primeiros seis meses após o parto. Mito
A amamentação atrasa a retomada dos ciclos ovulatórios. Se o bebê tem menos de seis meses de idade, a menstruação da mulher ainda não está regularizada, mas ainda assim existe a chance de engravidar, apesar de estar reduzida. É fundamental que a mulher receba a orientação pós-natal ginecológica e siga as recomendações do ginecologista/obstetra, até mesmo para receber uma orientação anticoncepcional adequada nessa fase.
Amamentar diminui o desejo sexual. Verdade
A experiência do parto, seguida de uma quantidade significativa de privação de sono e da vivência de uma nova estrutura familiar, pode modificar o relacionamento do casal. Algumas mães que amamentam experimentam diminuição do desejo sexual durante certas fases da maternidade. Não há uma regra para esse tipo de situação. Cada uma delas deve ser avaliada e conversada. Nesse momento, o foco da vida da mãe é seu bebê. Quando marido e mulher estiverem preparados, a volta à atividade sexual será um passo natural.
Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545