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Resfriados, gripes e pneumonias têm causas e origens diferentes

Do site SEGS

31/07/2013

Doenças infecciosas respiratórias não são provocadas pelo mesmo agente e não devem ser tratadas igualmente
 
Gripes, resfriados e pneumonias têm causas e origens diferentes e, por isso, o diagnóstico feito por leigos é inadequado. Se os agentes não são os mesmos, os cuidados também não são iguais. Além disso, a idade e características individuais de cada um influenciam e, no caso de crianças e bebês, as doenças podem afetar com maior severidade e risco de morte.
 
Mesmo que medicamentos autoadministrados surtam algum resultado, a atitude normalmente não é a mais indicada e pode apresentar efeitos colaterais indesejáveis. E, ainda que não apresentem esses efeitos, como muitas vezes as pessoas não sabem exatamente o diagnóstico, só o fato de não ser o tratamento correto permite que a doença evolua e, muitas vezes, se torne mais grave.
 
“Quanto mais novinha a criança, mais atenção se deve tomar aos sintomas de possíveis doenças respiratórias. Pelas suas características próprias, os quadros podem se agravar com maior rapidez em bebês do que em crianças maiores”, alerta o Dr. Yechiel Moises Chencinski, médico pediatra e homeopata. Por isso, o tratamento dessas doenças deve ser feito o quanto antes, logo que descobertas.
 
“Doenças provocadas por vírus não são mais leves ou mais graves do que doenças provocadas por bactérias. Temos doenças virais que apresentam sintomas leves como o resfriado, e outras que podem matar como a encefalite e o HIV. O mesmo acontece com doenças bacterianas simples como o impetigo, e outras que podem ser fatais como a meningite e a pneumonia” diz Chencinski.


Entenda as causas e diferenças de cada um
 
Resfriado
 
O resfriado, assim como a gripe, é causado por vírus. É provocado por vários tipos diferentes deles, com sintomas de menor intensidade que os da gripe. “Entre eles, os mais comuns são a coriza, inicialmente clara e fluida, mas que pode evoluir para uma mais espessa e amarelada, espirros, febre normalmente à noite, pouca dor de garganta com dificuldade para engolir, além de sintomas gerais como falta de apetite, mal estar, irritabilidade e alterações do sono. Entre cinco e sete dias, esses sintomas costumam desaparecer sem deixar sequelas”, esclarece o médico.
 
Gripe
 
A gripe, diferente do que se costuma dizer, não é a mesma coisa que um resfriado comum. São duas doenças distintas provocadas por vírus diferentes. Ela é causada pelos vírus Influenza e Para-influenza. “A cada época, ouvimos falar de um vírus diferente, com siglas diferentes, como H1N1, H3N2, H5N1, influenza tipo, A, tipo B, entre outros. Esses vírus podem sofrer mutações entre eles e criar vírus diferentes, mas da mesma classe”, diz. A gripe pode ter um quadro clínico mais leve muitas vezes sendo diagnosticada como um resfriado, mas não é, ou apresentar sintomas mais graves com complicações sérias que podem levar até a morte.
 
Pneumonia
 
Pneumonias são doenças infecciosas que atingem os pulmões. Elas podem se desenvolver a partir de complicações da gripe. Podemos citar as pneumonias causadas pelo próprio vírus ou por outras bactérias que aproveitam o momento de queda das defesas do organismo atingindo os pulmões. Tosse seca ou produtiva, vômitos, febre, falta de ar, chegando à cianose (lábios roxos), dificuldade respiratória preocupante e, até a morte, podem estar presentes em um quadro se não tratado a tempo. “Assim que é feito o diagnóstico e identificado o agente etiológico causal, começa o tratamento específico que pode ser feito em casa, se a criança está em condições ou em sistema de internação hospitalar, se houver risco de agravação, extensão importante do processo infeccioso ou risco de morte” observa.  
 
Tratamento
 
Além dos medicamentos sintomáticos que tratam os efeitos dessas doenças, a evolução delas pode exigir tratamentos mais específicos e até mesmo internação hospitalar. Para prevenir essas enfermidades existem algumas vacinas para tipos comuns de gripes, pneumonias bacterianas e virais ministradas sazonalmente pelo Sistema Único de Saúde. Lavar as mãos com água e sabão, usar álcool gel em épocas de epidemia, tossir ou espirrar cobrindo o rosto e usar máscaras de proteção em ambientes contaminados podem ser alternativas para evitar o contágio pelos vírus.
 
Medicamentos homeopáticos
 
O tratamento e a prevenção com medicamentos homeopáticos também é uma boa alternativa. Os medicamentos deste tipo costumam estimular a resposta do paciente. Eles podem ser usados sempre de forma preventiva ou curativa, independente da gravidade da doença. No caso da gripe, a homeopatia pode ser utilizada como terapêutica exclusiva ou associada a outros tipos de tratamentos. Seja qual for a escolha, ela necessita de avaliação e acompanhamento médico e o paciente deve evitar a automedicação.

Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545