Do site Bolsa de Bebê / Bolsa de Mulher
É comum acontecer briguinhas e desentendimentos entre irmãos, mas quando um se torna vítima constante do outro, pode ser um problema sério. Quebrar as coisas dos irmãos de propósito, dizer coisas que façam a criança se sentir mal, com medo ou não querida por perto, agredir fisicamente são alguns exemplos que caracterizam o bullying entre irmãos.
30/09/2013
O pediatra Moises Chencinski cita uma pesquisa publicada no jornal americano Pediatrics, cujos resultados mostraram que, quando se comparam as agressões de terceiros com a de irmãos, a dos irmãos provoca um sofrimento mental maior. “O estresse foi evidente em crianças e adolescentes que experimentaram as formas leves e graves de agressão por parte dos irmãos”, afirma.
Enquanto o bullying na escola ou praticado pelos pelos colegas é um problema reconhecido socialmente, a intimidação por parte de irmãos, muitas vezes, é julgada normal ou aceitável.
Se os filhos brigam muito, os pais devem ficar atentos. “Se você sabe que seu filho está intimidando o outro irmão, você precisa levar esta questão a sério. O hoje, o agora, é sempre o momento mais apropriado para interferir e mudar o comportamento do seu filho. No longo prazo, os agentes causadores de bullying continuam a ter e a gerar problemas, que, muitas vezes, tendem a piorar. Se esse comportamento é permitido ou não é reprimido, quando essas crianças se tornarem adultos serão muito menos bem sucedidas no trabalho e na vida familiar”, alerta o médico.
Dicas para evitar brigas entre os filhos
- “Converse desde cedo com seus filhos. A orientação sobre o bullying, sofrido ou executado, deve fazer parte da educação em casa e na escola. Só assim, uma criança terá bases para não agredir e para saber se defender, ou para indicar aos pais e professores que está sendo vítima de bullying, sem medo de sofrer represálias”;
- “Defina limites firmes e consistentes sobre o comportamento agressivo do seu filho. Tenha certeza que ele compreende bem que o bullying nunca é aceitável”;
- “Seja um modelo positivo. As crianças precisam desenvolver estratégias novas e construtivas para conseguirem o que querem, sem provocações, sem ameaças, sem ferir ninguém, e devem aprender a tratar os outros com respeito”;
- “Use a disciplina de maneira eficaz, como a perda de privilégios. Quando necessário, explique porque o comportamento foi errado e como a criança pode mudar isso”;
- “Ajude seu filho a compreender como o assédio moral fere outras crianças. Desenvolva soluções práticas com o apoio de outros. Envolva o diretor da escola, os professores, a babá, a empregada e os outros parentes em maneiras positivas para parar o bullying”.
Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545