Do site Bolsa de Mulher / Bolsa de Bebê
Muitas são as características que fazem as mães não querem se separar dos recém-nascidos nem por um segundo. A aparência frágil, o rostinho angelical e, principalmente, o cheiro. Um estudo publicado na revista Frontiers in Psychology sugere que o cheiro do bebê funciona como uma espécie de compensação sensorial para as mães.
20/03/2014
Pediram a 30 mulheres – 15 novas mães e 15 que nunca tinha dado à luz – para identificar alguns odores enquanto sua atividade cerebral era monitorada. Quando o cheiro de recém-nascidos foi exposto, todas elas mostraram atividade cerebral ativada pela dopamina, substância responsável pelas sensações de prazer, recompensa e bem-estar.
Os autores do estudo acreditam que o cérebro da mulher é “programado” desta maneira para assegurar a evolução da espécie, pois graças ao cheiro, a mãe concentra a atenção no bebê. Quando ela interage com o filho através da amamentação e dos cuidados diários, sente-se recompensada.
O que é o cheiro de bebê?
Apesar das pesquisas, a composição do cheiro do recém-nascido ainda é incerta. “Um componente provável da ‘fórmula secreta do odor do bebê’ é a vernix caseosa. O recém-nascido nasce coberto por esse material esbranquiçado gorduroso. Essa substância é composta por produtos da secreção das glândulas sebáceas, células e por pelos da própria pele do bebê”, defende o pediatra Moises Chencinski.
Acredita-se que a vernix caseosa seja uma barreira mecânica contra bactérias e fungos, além facilitar a saída do bebê no canal do parto. Apesar dos banhos diários, traços dessa substância podem permanecer na pele, prolongando o cheirinho característico por até seis semanas.
Cheiro da mãe
Segundo o pediatra, pesquisas anteriores mostram que os bebês também têm reações positivas quando expostos ao cheiro da mãe. “Os bebês são mais propensos a chegar perto de uma almofada embebida com o odor da mama de sua mãe do que de uma almofada limpa, enquanto recém-nascidos submetidos a procedimentos dolorosos são acalmados quando expostos ao leite de sua mãe, mas não ao leite de outras mulheres. Por isso, alguns hospitais colocam peças de roupa da mãe na incubadora de bebês prematuros na esperança de acalmá-los”, afirma.
Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545
