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Aquecedores deixam a casa aconchegante, mas requerem cuidados de uso

Do site UOL - Mulher - Casa e Decoração

Com o inverno e a chegada de frentes frias que custam a passar, o interesse por aquecedores de ambientes aumenta. Esses aparelhos elétricos, cada vez mais populares, empregam tecnologias distintas para prover calor e podem ser facilmente encontrados em diferentes tamanhos e preços.

por Juliana Nakamura do UOL, em São Paulo

15/08/2014

O aquecedor elétrico (irradiador) tende a ser o
mais barato, mas ele resseca o ar

 

Com o inverno e a chegada de frentes frias que custam a passar, o interesse por aquecedores de ambientes aumenta. Esses aparelhos elétricos, cada vez mais populares, empregam tecnologias distintas para prover calor e podem ser facilmente encontrados em diferentes tamanhos e preços. 

Diante de tantas opções, o usuário deve fazer uma escolha consciente, não observando apenas o design e o conforto, mas também a segurança do equipamento. Vale lembrar que os aquecedores domésticos tendem a diminuir a umidade do ar e, quando mal instalados e utilizados, podem provocar queimaduras e até incêndios.

Para não errar, o primeiro passo é optar por um aparelho adequado às suas necessidades. Os aquecedores portáteis mais utilizados podem ser classificados em quatro tipos principais, seus preços variam bastante dependendo do modelo e da potência do equipamento. Por isso o ideal é pesquisar antes de comprar e sempre checar se o produto é certificado pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). Geralmente os mais em conta são os do tipo irradiador e os mais caros são os modelos a óleo e os cerâmicos.

Tecnologias disponíveis

Irradiadores

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Compactos e muito populares, funcionam por meio de resistências incandescentes protegidas por grades metálicas. Costumam ter bom desempenho, pois praticamente toda a energia consumida se transforma em calor. Não são boas opções para quem tem crianças ou animais, pelo risco de queimaduras provocadas pelo contato indevido com a fonte de calor. Além disso, causam forte ressecamento do ar.



Termoventiladores

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Contam com sistema de hélice que ajuda a dissipação do calor. Esse tipo possui resistências incandescentes protegidas em gabinetes fechados. De fácil transporte, têm desempenho menor do que os modelos irradiadores. Além disso, consomem mais energia elétrica e o ruído do ventilador pode incomodar, alertam o arquiteto Luiz Maganhoto e o designer Daniel Casagrande.


A óleo

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Esses equipamentos também usam resistência, mas o ar não entra em contato com ela, por isso os aquecedores a óleo não ressecam o ambiente. No geral, costumam ser mais caros e maiores. Mas são mais silenciosos e seguros, sendo indicados para quem tem crianças. 


Cerâmicos

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Contam com uma resistência que aquece um material cerâmico que a envolve. Compactos, estes equipamentos ressecam menos o ar, esquentam rápido e são econômicos. Também podem vir acompanhados de controle remoto, programação de temperatura e tempo. O formato de torre é o preferido dos consumidores residenciais por ocupar menos espaço e ser mais fácil de ser guardado.

Instalação segura

Uma vez escolhido o equipamento mais adequado, é importante garantir que ele seja instalado corretamente. A instalação, fixação e uso desses aparelhos devem ser feitas de acordo com o manual de instruções do fabricante. O problema é que são escassas as informações sobre aspectos relacionados à segurança em grande parte dessas cartilhas. 
 
Por isso, o UOL Casa e Decoração consultou o Corpo de Bombeiros e o Idec (Instituto de Defesa do Consumidor) sobre como usar os aquecedores domésticos de modo seguro. Confira as dicas a seguir:

Cuidados de instalação e uso do aquecedor

  • Prefira sempre os modelos com termostato. O equipamento controla até que ponto a temperatura deve chegar, sem superaquecer o ambiente;

  • Mantenha crianças a uma distância segura dos aquecedores para evitar que se queimem se tocarem no aparelho;

  • Nunca encoste o aparelho em cortinas, roupas de cama, toalhas ou qualquer outro material combustível, evitando a ocorrência de incêndios;

  • Evite a utilização do aquecedor ligado em benjamins ou "Ts" (como são conhecidos os pinos multiplicadores), especialmente, junto com outros aparelhos elétricos;

  • Jamais use o aquecedor para secar roupas;

  • Mantenha o aparelho sempre limpo e livre de poeira;

  • Coloque seu aparelho somente sobre superfícies planas, firmes, limpas e secas. Nunca utilize o aquecedor sobre superfícies instáveis como camas, sofás, tapetes ou carpetes espessos;

  • Respeite a dimensão do cômodo:
    - No geral, os aquecedores domésticos têm capacidade para atender espaços entre 20 e 25 metros quadrados. Isso significa que um cômodo com 40 metros quadrados vai precisar de dois aparelhos localizados em pontos diferentes para que o aquecimento seja uniforme. Todavia, não há problema em usar o equipamento em uma área menor, especialmente se ele tiver um termostato.

Cuidados com a saúde

Em relação à saúde, os maiores riscos associados ao uso de aquecedores de ambientes são relacionados à secura do ar e às queimaduras provocadas pelo contato com as partes mais quentes do aparelho. Crianças e idosos são os mais suscetíveis a esses problemas.
 
"Independentemente do modelo, é importante que o aquecedor possa ser usado até, no máximo, duas horas após a criança ou o idoso dormirem no ambiente, sendo ligado pouco antes disso", recomenda o pediatra e homeopata, Moises Chencinski, membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo. 
 
O médico explica que, no caso do uso de aparelhos que reduzem a umidade do ar, a solução pode ser a utilização combinada com umidificadores. Mas esses aparelhos também devem ser usados por, no máximo duas horas, em conjunto com o aquecedor, para evitar que o ambiente fique muito úmido favorecendo a proliferação de fungos e bactérias também prejudiciais ao sistema respiratório.
 
Métodos caseiros para umidificar o cômodo aquecido, como o uso de bacias de água ou toalhas molhadas estendidas, podem ser aplicados por um tempo mais prolongado (pela noite toda, por exemplo). Além disso, é fundamental garantir a boa hidratação do corpo. "Sentimos menos sede no frio, o que não significa que temos menos necessidade de água", ressalta Chencinski.

Fontes consultadas

IDEC (Instituto de Defesa do Consumidor);

Arquiteto Luiz Maganhoto e designer de interiores Daniel Casagrande, sócios do escritório Maganhoto e Casagrande Arquitetura;

Corpo de Bombeiros do estado do Paraná;

Dr. Moises Chencinski, pediatra e homeopata.

Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545