Do site Mais Expresão
Conheça as dicas do Dr. Moises Chencinski para acabar com este mal
07/01/2015
Só de imaginar que as crianças possam estar com piolhos, as mães já ficam preocupadas e as professoras alertas. No período de pós-férias e início das aulas, ouvir que um amiguinho de classe está com piolho não é algo incomum... "Por isto, é importante tranquilizar pais e professores e dizer que o piolho não provocará uma doença mais séria na criança e que o mal pode ser eliminado com tratamento adequado", afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).
O médico explica que o piolho "é um inseto parasita que vive no couro cabeludo e se alimenta de sangue. Nós não sentimos que estamos sendo picados pelo piolho porque ele elimina uma saliva que funciona, para nós, como um anestésico, mas é justamente essa saliva que provoca a coceira intensa".
O piolho passa de cabeça em cabeça apenas por contato direto, isto é, ele não vai pular de uma cabeça para a outra. "É preciso que exista um objeto de uso comum como um pente, uma escova ou um enfeite de cabelo. A incidência de casos é maior nas crianças porque o sistema imunológico delas ainda não está plenamente desenvolvido até os 7 anos", diz o pediatra.
Coça, coça...
Além da incômoda coceira e do rápido contágio, o piolho se reproduz no couro cabeludo com muita facilidade. Em um período de um mês, por exemplo, o parasita pode colocar mais de 100 ovos na cabeça, geralmente na região da nuca e das orelhas. "Os ovos esbranquiçados, que chamamos de lêndeas, transformam-se, uma semana depois, em ninfas e em poucas semanas viram insetos adultos", conta o pediatra.
Para constatar se a criança realmente tem piolhos, é preciso colocá-la sentada num local com luz intensa e separar o cabelo em seções. "É preciso pentear e procurar por sinais de lêndeas e de piolhos, que se parecem com pequenas sementes ligadas ao cabelo. Uma maneira rápida para reconhecer os piolhos é que, em contraste com a caspa, as lêndeas não podem ser facilmente removidas do cabelo", ensina Chencinski.
De acordo com o médico, as lêndeas podem ser amarelas, marrons ou beges, se os piolhos ainda não eclodiram. "Lêndeas vivas são mais claras e são encontradas dentro de uma polegada do couro cabeludo. Piolhos são mais escuros e mais comumente encontrados no cabelo, atrás das orelhas e ao redor da nuca", afirma.
Tratando o problema
Segundo o pediatra, o piolho, a princípio, pode ser tratado em casa. A seguir, Moises Chencinski lista alguns cuidados que precisam ser observados para a eliminação do inseto:
• Use um xampu ou loção especialmente formulada para matar piolhos. Adquira o produto numa farmácia, após uma consulta com receita médica. Não use remédios caseiros ou vinagre na cabeça da criança. Após ensaboar os cabelos com o xampu, deixe-o agir por alguns minutos antes de enxaguar o produto;
• Muitos xampus são eficazes para acabar com o piolho, mas nem todos são usados da mesma maneira. Certifique-se de seguir as instruções da embalagem;
• Ao lavar o cabelo, penteie-o ainda molhado com o pente que geralmente vem junto com o xampu de piolhos. Os dentes desses pentes são muito mais próximos do que o de pentes normais, o que torna mais provável a remoção dos piolhos e lêndeas;
• Estes xampus são frequentemente mais bem sucedidos em matar os piolhos que as lêndeas. Assim, pode ser necessário repetir o uso do medicamento dias seguidos ou após um período de 7 a 10 dias (de acordo com cada medicamento orientado) para matar as lêndeas que viraram piolhos após a primeira aplicação;
• Após a aplicação do xampu para matar piolho, continue a pentear o cabelo, uma vez por dia, durante várias semanas, para ter a certeza que todos os piolhos e lêndeas foram removidos. Isso é muitas vezes mais fácil de fazer com o cabelo molhado;
• Piolhos não vivem muito longe da cabeça humana, então concentre sua energia para vasculhar apenas o cabelo da criança;
• Use água quente para lavar roupas, lençóis, fronhas, cobertores e qualquer coisa que a criança afetada pelo problema possa ter tocado. Itens não laváveis tais como bichos de pelúcia devem ser guardados num saco plástico por várias semanas, até o surto de piolho terminar;
• Não tente matar os piolhos com medicamentos em spray, porque estes produtos químicos podem causar mais danos do que os piolhos;
• Por fim, lembre a todos os membros da família que chapéus, lenços, pentes e escovas de cabelo nunca devem ser compartilhados. Os piolhos não voam ou saltam de cabeça para cabeça, eles se espalham quando as crianças partilham estes objetos.
"Se após essas aplicações a criança continuar com piolhos, é sinal de que este tratamento não funcionou. Neste caso, volte a falar com seu médico (dermatologista ou pediatra) e nunca se automedique", orienta o médico, que também é membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo.
Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545