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Alergia alimentar – um tema mundial

Do perfil Convivendo com Alergia

A vida de um alérgico é difícil. Até de descobrir seu diagnóstico, muitas situações de alto risco podem ter sido passadas.

20/02/2015

Mas e quando essa alergia é alimentar?
E quando ela aparece desde bebê, bem novinho mesmo?

Aí, o problema não é só do alérgico. Isso afeta a família.
Buscam-se razões, erros cometidos, o que poderia ter sido feito diferente... e na maioria das vezes a resposta é um imenso vazio.

Assim, independente do tipo de alimento para o qual a criança apresente uma reação de sensibilidade (leite, ovos, glúten, entre outros), a vida dessa família está mudada, senão para sempre, pelo menos por um bom tempo.

E sabe o que ajudaria muito tanto essa criança quanto sua família?
APOIO. INFORMAÇÃO. CIDADANIA. MAIS INFORMAÇÃO. SOLIDARIEDADE.

Somos todos alérgicos. Ou, pelo menos, potencialmente alérgicos. 

O mundo em que vivemos, modificado e atacado pelo ser humano, traz, a cada dia, mais situações de risco. Camada de ozônio, superaquecimento global, falta de água entre outras questões mudam nossos parâmetro de expectativas.

Antigamente (estou falando do meu tempo... rsrs), quando avaliávamos um pacientes com quadros respiratórios de repetição, sempre perguntávamos se tinha alguém alérgico na família. Hoje, apesar de ainda repetirmos essa questão, isso é uma mera formalidade. Na imensa maioria das vezes, a resposta é um sonoro sim.

E os poucos que não foram carimbados hereditariamente podem, mesmo assim, por estudos recentes (epigenética e nutrogenômica), pelas características do ambiente e da alimentação dos dias de hoje, se transformar em alérgicos e carregar essa herança para seus descendentes no futuro (filhos e netos). 

Assim, a INFORMAÇÃO faz toda a diferença. Campanhas como o #põenorótulo deveriam ser viralizadas e fazer parte de uma campanha governamental. Não dá mais para entender como as substâncias que compõem um produto não estão especificadas em seu rótulo. Isso deveria ser lei, passível de punição por quem não a seguisse.

No Canadá, uma iniciativa que vale a pena ser divulgada, a associação Living Confidently With Food Allergy – a Guide for parentes and families faz essa divulgação. Vale a pena conhecer. Para quem pode ler inglês, há um guia que pode ser baixado na íntegra ou em partes por sessões e conhecer as dicas que são dadas no Canadá e nos Estados Unidos, a respeito da alergia alimentar.

Aqui, no Brasil, entre alguns sites que os pais e familiares podem encontrar na internet, não há como não destacar o da ONG Instituto Girassol (em português).

Nesse espaço, podem ser encontradas informações para o público, com orientações que podem ser baixadas para conhecimento e divulgação, como sobre a alimentação saudável no primeiro ano de vida, receitas para crianças com alergia alimentar e um espaço para esclarecimento de dúvidas sobre alergia à proteína do leite de vaca, entre muitas outras importantes orientações.

Os profissionais de saúde também podem se atualizar com notícias e artigos comentados, relevantes a respeito do tema. E já, já, estaremos participando desse espaço para falar a respeito de aleitamento materno.

INFORME-SE. EXIJA. COMPARTILHE. DIVULGUE.

Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545