Do site Guia do Bebê
onheça 13 dicas importantes sobre aplicações dos repelentes, os nomes e princípios ativos dos produtos à venda no Brasil. Vamos acabar com a série, esperando acabar com os insetos.
04/02/2015
Mas, enquanto estamos completando essa matéria, a dengue evolui, a febre de chikungunya aparece e cresce e outras doenças transmitidas por picada de insetos estão só esperando mais uma distração nossa, mais um descaso de nossas autoridades no combate aos “pernilongos” para darem o ar de sua graça. Ou desgraça.
Já falamos sobre os cuidados para evitar os insetos em casa, com proteção ambiental, proteção física e proteção química. Abordamos a questão dos repelentes por tipo, idade, eficácia, segurança.
Vale a pena reforçar alguns itens gerais.
Por tradição familiar, cultural, facilidade, desesperança, muitas vezes nos apegamos a “falsas soluções”, na tentativa de resolver um problema e ou não temos ação nenhuma ou a ela é muito duvidosa, muito individual, sem comprovação científica que permita sua utilização de forma geral.
Além de corrermos riscos pelos efeitos colaterais indesejáveis de nossas atitudes, estamos deixando crianças e adultos totalmente desprotegidos.
Sabe-se que os insetos são atraídos por odores (humanos, doces, entre outros) captados pelas suas antenas anteriores. Os repelentes teriam como modo de ação “disfarçar” esses cheiros que atraem os insetos.
Alho, vitamina B (especialmente B-1), que agiriam por eliminar pelo suor um odor desagradável que afastaria esses insetos não apresentam estudos que comprovem sua eficácia.
Vale a mesma coisa para a citronela (em velas), que têm uma área e um tempo de ação muito curtos, conforme comprovam os estudos recentes.
Mesmo as bandagens embebidas em repelentes (pulseiras com DEET, por exemplo) podem ter uma ação muito reduzida, pois protegem, pela evaporação da substância, apenas até 4 cm do local onde ele está aplicado.
Assim, é fundamental que não se procure tentar “enganar” os insetos, pois, mesmo que causem doenças graves, crianças alérgicas podem sofrer as consequências com quadros que podem variar de uma simples reação à picada, com coceira discreta no local por 2 a 3 dias, até prurido intenso, urticárias gigantes, levando a internações com tratamentos agressivos (medicamentosos) por dias e necessidade de acompanhamento posterior com especialistas.
Essa é uma tabela que mostra as substâncias químicas, os nomes comerciais, o período de duração da ação e as idades dos repelentes comercializados no Brasil.
É importante o seu conhecimento para que não haja dúvidas a respeitos de produtos e até idades, de acordo com a indicação dos fabricantes.
São muitas fontes, muitas sugestões. Tentei fazer um apanhado geral entre as que são apresentadas em um estudo, em um folder do Centro de Saúde-Escola do Butantã (FMUSP), da ANVISA, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (Goiás), do blog Conversando com o Pediatra da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Resumindo? Não. Se resumisse não era eu, né?
Conheça o produto, leia o rótulo, converse com seu pediatra ANTES de usar qualquer método de proteção contra picada de insetos.
Apesar das maravilhas de se viver em um país tropical, “abençoado por Deus e bonito por natureza”, nem tudo por aqui são flores.
A alta incidência de exposição a insetos, mosquitos, que podem ou não transmitir doenças, especialmente no verão (clima quente, úmido) pode quebrar o clima de férias e trazer consequências desastrosas, como as que temos observado quando se fala em dengue, por exemplo.
Há uma grande expectativa para a chegada da vacina contra dengue, prevista para final de 2015. Mas até lá e mesmo depois disso, nossa responsabilidade permanece nos cuidados básicos, que não são muitos, mas são fundamentais.
As medidas físicas são as mais importantes para bebês até 6 meses e gestantes. O uso correto dos repelentes, seguindo-se as normas de segurança, podem ajudar nessa proteção.
Em épocas de epidemia de doenças transmitidas por insetos, só as ações individuais não são suficientes. É fundamental que se tomem medidas socioambientais coletivas, visando a erradicação e a não-proliferação dos insetos. Ou todos nós colaboramos, com apoio de medidas sérias dos órgãos governamentais responsáveis, divulgação apropriada da mídia, ou então teremos cada dia mais mortes por doenças evitáveis no mundo como a dengue, a malária e outras.
ANVISA e a RDC19/2013
FMUSP – Centro de Saúde-Escola Samuel Pessoa (Butantã)
Sociedade Brasileira de Dermatologia (Goiás)
Sociedade Brasileira de Pediatria – Conversando com o Pediatra
Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545