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Vacina tríplice protege seu filho da coqueluche

Do site da Chris Flores

Grávidas também podem ser imunizadas a partir da 27° semana de gestação, para garantir maior proteção ao bebê

23/03/2015

Com a chegada do outono, os consultórios dos pediatras e as salas de espera dos prontos-socorros infantis costumam ficar mais lotadas. A queda na temperatura e o aglomeramento de pessoas em ambientes fechados favorece a proliferação de vários vírus e aí, não dá outra. As crianças podem ficar com o nariz escorrendo, mal estar, febre, tosse...

No caso da tosse seca, os pais devem ficar muito atentos e comunicar ao pediatra quando o problema surgir, pois pode se tratar de coqueluche, também conhecida por tosse comprida.

A doença é infectocontagiosa e atinge o trato respiratório principalmente de crianças e idosos. Os sintomas começam com coriza, espirros, febre baixa e tosse noturna, podendo durar de uma a duas semanas e sendo comumente confundido com resfriados ou gripes.  Depois a tosse aumenta, fazendo com o que o paciente tenha acessos de tosse espasmódica e, quando inspira, o peito faz um som agudo parecido com um guincho, podendo haver também falta de ar. Os sintomas desaparecem após quatro semanas, daí o nome tosse comprida.

A melhor forma de prevenção é através da vacina tríplice.Ela é aplicada aos dois, quatro e seis meses com dois reforços (15 meses e 4 anos).

Uma análise publicada no The Journal of Infectious Diseases mostrou que as partes da Bordetella pertussis (bactéria que indica a presença da doença) e que são reconhecidas pela vacina, estão se modificando rapidamente, apesar de ainda se manter uma alta eficácia de sua ação protetora.

Os estudos apontam para uma possibilidade de que as proteínas da Bordetella que estão na vacina estarem apresentando mutações e a possível necessidade de se buscar mais proteínas da bactéria ou mais adjuvantes para melhorar a proteção oferecida pela vacina.

A pesquisa também mostrou que a vacina acelular pode oferecer menor duração de imunidade, fazendo com adolescentes e adultos não tenham suas defesas contra essa doença de forma eficaz.

Essa questão gerou a indicação de se vacinar as gestantes, para que houvesse uma maior proteção contra coqueluche já nessa baixa idade. Segundo estatísticas na Inglaterra, apenas 60% das gestantes receberam a vacina, apesar de boas novas evidências da eficácia dessa vacinação.

Aqui no Brasil, a vacina tríplice adulta acelular está à disposição no SUS e nas redes privadas para gestantes entre 27 e 35 semanas de gestação. Essa vacina deve ser aplicada em todas as gestações, pois a intenção é a proteção de cada um dos bebês, desde recém-nascidos. 

Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545