Do facebook Convivendo com Alergia
A alergia alimentar é uma manifestação patológica bem individualizada graças aos conhecimentos imunológicos atuais, mais frequente no lactente e na criança (prevalência de 5%) que no adulto (0,5%).
05/04/2015
Durante a consulta, deve-se avaliar o terreno familiar ou pessoal para alergia. As manifestações de alergia alimentar podem ser precoces, tanto digestivas (dores abdominais, vômitos, diarreias, sangramentos intestinais) quanto extra-digestivas (urticária, choque anafilático, edema de glote, asma, rinite, conjuntivite, entre outros). Mas pode haver manifestações mais tardias também.
O ideal seria sempre associar as reações a um alimento em especial, quer seja por excesso de consumo, quer seja por ser um alimento novo no “cardápio” do alérgico (soja, amendoim, etc).
A avaliação laboratorial pode ou não ajudar no diagnóstico, sugerindo a exclusão do alimento da dieta por um tempo com posterior teste de provocação. Os sinais clínicos devem desaparecer após a exclusão do alimento responsável e reaparecer após a reintrodução. O diagnóstico positivo de uma alergia alimentar é difícil.
Clinicamente, as manifestações da alergia alimentar são mais da esfera digestiva, quanto mais novos os pacientes (lactentes) e quando se trata de crianças, adolescentes e adultos, pela caracterização da marcha alérgica, mais sintomas cutâneos e respiratórios.
Essas informações, que coloquei até agora, fazem parte do livro Prática Homeopática e Alergologia (2014 – Editora Organon), escrito por François Chefdeville e Jacques-Edouard Poncet (França).
Quando comecei a ler essas informações, percebi que, mesmo que de uma forma mais simples, parece que a abordagem homeopática está se tornando mais clínica e menos filosófica. Isso é muito bom. E esses dados não são muito diferentes do que costumamos ver na nossa prática diária.
Manifestações digestivas agudas, tardias, transitórias, alergia à proteína do leite de vaca (APLV), soja, glúten são citadas no livro de forma bastante esclarecedora, tanto para lactentes com para crianças maiores de 2 anos de idade, mostrando a variedade clínica que a alergia alimentar pode apresentar, tanto em quadros de pele (alergias, urticárias), como respiratórias (rinite, asma) e até digestivas (vômitos, diarreias, sangramentos intestinais, refluxo).
Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545
